sexta-feira, janeiro 19, 2007

mazelas de quando entram na tua casa.

por "entram na tua casa" por favor entendam um eufemissmo. não vou ficar aqui discursando sobre nos sentirmos invadidos nem sobre como nossas casas estão se tornando fortalezas quando deveriam ser castelos. felizmente levaram pouco. e é justamente a dislexia dos objetos apanhados que preocupa: 01 camiseta da pública agência de comunicação, 01 camiseta aleatória, 01 bicicleta de criança e, o grand prix, 01 ferro de passar roupa.
com diria o erik: hmmm... capcioso, hein?

e então temos coisa pior. fui falar com o guardinha da noite sobre o ocorrido. eu já tinha raiva dele porque uma vez ele fez acreditar que tinha faltado luz no bairro: não tinha grade, ainda em casa, ainda. como era domingo e eu não acordei antes do meio dia, ele resolveu desligar a luz da frente da porta direto no disjuntor. e eu fiquei até as 3 jurando que não ia ter como fazer meus trabalhos de faculdade, até que descobri que o único que não tinha luz na rua, ou quem sabe na cidade, era eu.
dessa vez, entretanto, fui brindado ter que ouvir pelo menos 04 vezes cada uma dessas declarações:

- porque laranja podre existe em tudo que é canto. tem laranja podre na polícia federal, tem laranja podre na política, e tem laranja podre nas empregadas e nos guardas de rua também.

- eu sempre digo. eu falo por mim, não falo pelos outros.

- porque a polícia sabe. o delegado olha e sabe quem tá devendo e quem não tá. se for pra depor, eu deponho tranqüilo, porque eu sei que eu não tou devendo.

- isso aí pode ter certeza. não foi ladrão não. tem boi na linha. tem boi na linha.

- eu trabalho com isso há anos, já trabalhei na rudder, já fui segurança de hotel. abre o olho.

quase perdi o tangos e tragédias, quarta-feira, por conta da história de vida dele. isso, claro, somado ao fato de que porto alegre é um video-game sem direito a continue. mas isso é assunto pra outro post.