segunda-feira, janeiro 08, 2007

correntino hijo de...

ninguém sai incólume de uma ida ao zelig. especialmente depois de ler a historinha do igor manfro na segunda edição da cidadeb (que eu peguei saindo do bar), me vi obrigado a me manifestar sobre o assunto. por algum motivo, toda vez que eu vejo aquele argentino vendedor de incenso, ele mesmo trata de nos lembrar como foi a primeira vez que a gente se viu. (sem homoafetividade, por favor). um detalhe que todos que o conhecem devem lembrar: ele fala muito rápido. parece que tá sempre em overclock.
- olá, olá, tudo bien? sán nóvoz aqui, no?
todos com cara de paisagem. e então em uníssono:
- não.
- e já me conecem? no quieren comprar incensos? usted já comprou incenso comigo, no?
- sim, sim, duas vezes, um de canela e outro de...
- de canela? yo no tengo o de canela mas trôsse un de dama da noite.
e tira rapidamente o incenso do meio de tantos. o cara não é rápido só pra falar.
- não, não, brigada, eu não quero mesmo.
- usted también no?
- não, brigada.
- usted é aquele que falou francés comigo há um tempo atrás.
- eu mesmo.
foi a segunda vez que ele se virou e saiu me xingando por absolutamente nada.