terça-feira, fevereiro 27, 2007

lá vamos nós outra vez.

este é um post atrasado, mas esse atraso é facilmente remendável devido às circunstâncias. essa semana temos os primeiros jogos da dupla gre-nal em porto alegre, pela libertadores. momento inédito, um dia após o outro, os dois maiores estádios da cidade recebem jogos de nível continental, por um mesmo torneio.

sem dúvida teremos casa cheia nos dois casos, e creio que as duas torcidas vão se regular durante toda a participação no certame. se a do grêmio terça comparecer em bom público, provavelmente alguns colorados, indecisos por qualquer motivo extra que seja sobre ir ou não ao jogo de quarta, vão acabar decidindo por ir para dar o troco.

eu estou sendo oportunista, na real, porque eu perdi a chance de escrever esse texto em janeiro ainda, mas ninguém ia ler. azar. o fato é que assim como eu vou ver a estréia do grêmio em casa pela libertadores, eu fui ver a estréia do grêmio em casa pelo gauchão, contra o XV de campo bom. na verdade não lembro mais se foi a estréia, mas sei que foi a estréia do schiavi, que junto com o carlos eduardo foram os dois grandes motivos pra eu ir pro olímpico sozinho naquela quarta-feira.

ir sozinho a jogo de futebol nunca foi problema pra mim. em 2002 o grêmio ainda chegou nas semi-finais contra o santos, mas em 2003 e 2004 o desastre era evidente, e ficou meio difícil pra eu arranjar companhias pra ir aos jogos. acontece que eu morei tempo demais em rio grande pra me desvencilhar tão cedo da emoção de ver meu time jogar, e acabei indo ver todos os jogos que eu pude, o que me rendeu altos e baixos.

a questão é que, mesmo tendo muito prazer em fazer isso, várias vezes eu me perguntei o que eu tava fazendo ali, e nesse jogo contra o XV isso aconteceu de novo. eu ali, sozinho, pela primeira vez desde 2005, talvez, sem ninguém pra ver o jogo, xingar o juiz e falar bobagem junto comigo. fez falta, é verdade, mas o mais esquisito foi a volta dessa pergunta: o que raios eu tava fazendo ali?

não fico menos pilhado com o jogo quando estou sozinho, mas acabo observando mais as outras pessoas, principalmente antes e no intervalo do jogo. não foi a primeira vez que eu concluí que torcer prum clube de futebol não faz sentido nenhum. especialmente quando penso que tem gente que briga na rua por causa de rivalidade. qual é a moral, afinal, de eu dizer que eu sou gremista? nenhuma. é uma vantagem fictícia. eu torço pro time que foi ao japão em 1983, o outro torce pro que foi lá ano passado, mas e daí?

entre um devaneio e outro, o grêmio vai ao ataque. eventualmente faz um gol. ou o carlos eduardo gruda a bola no pé e eu cerro os olhos, porque os óculos já não são mais tão bons assim.

e daí eu vou embora no final do jogo. e eu me sinto muito feliz, satisfeito pra caralho, porque meu time ganhou. mas qual é a ligação entre aqueles caras e eu, afinal? mesmo que meu pai tivesse me levado a infância inteira pro olímpico e me mostrado que aquilo era legal, que lá nós vivemos bons momentos, quem é que disse que torcer pra um time de futebol ajuda em alguma coisa? por que eu me sinto tão bem com a camiseta tricolor e a colorada me parece impossível de vestir?

é quase como acreditar em deus. no final, ainda concluo que quem não torce pra time nenhum é que tem razão. porque a menos que eu tenha feito alguma aposta em fardos de cerveja, nunca ganhei nada com o futebol do grêmio.

mas nessa terça eu tou lá. eu e a minha camiseta preta. sem saber por que realmente eu estou lá. tanto faz. eu só sei que eu gosto e eu quero estar lá.

texto também publicado no www.semcaneleira.com, versão com maiúsculas.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

oscar, o peixe.

a escolha do oscar são bizarras. menos pela escolha em si do que pelas comoções que elas provocam. tipo ontem... "grande injustiça se o scorsese não levar a estatueta esse ano!"
daí ele ganha.
- finalmente! depois de ter perdido pra não sei quem em tal ano, pra não sei outro quem no outro ano e pra não sei mais quem naquele outro, ele leva a estatueta.
- e merecida.
- certamente. certamente merecida. um dos artistas mais negligenciados pela academia estes anos todos.
é como se os outros filmes, pros quais o cara perdeu, não existissem. é como um time chegar 4 vezes na final e perder todos os jogos, mas os caras dizerem que isso é uma injustiça. parece que quem ganhou dele antes, agora não merecia mais ganhar. memória de peixe total. é engraçado pra caralho.

daí ele ganha melhor filme.
- acho que agora a academia exagerou na culpa com o scorsese...
aheuihaeiuhae

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entrando em contradição com o 3o comentário deste post, que é meu, resolvi editar. mas por outro motivo.
ANEXO DO POST, às 19:08 desta mesma segunda-feira.

do jeito que os caras falam das passagens anteriores dele pela nominação do oscar, desconsiderando completamente os motivos pelos quais ele NÃO ganhou, consigo até ver o maurício saraiva dizendo: "martin scorsese mais uma vez chega sem força de empuxo para o oscar. scorsese perdeu para ele mesmo".

ainda em clima de carnaval, marimbondo se disfarça de mosquito.

fato inédito. nunca tinha sido picado por um mosquito e sentido dor em vez de coceira. acabei matando ele, e também nunca tinha visto mosquito mais preto do que esse (sem racismo).
evolução das espécies ou da malandragem?

poderia assinar esse post com Redação Terra.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

eu já sabia!

quinta-feira eu vi o jogo contra o cerro porteño na quinta dupla do larus. depois de comer um belíssimo entrecôt ao molho de serramalte, quer dizer, de quatro queijos, na parte superior do restaurante. descemos, eu, a mariana e meus pais pra ver o primeiro tempo do jogo no bar.
já no início do primeiro tempo deu pra sentir que a libertadores, depois de ter sido substituída por uma versão futebolística do big brother no ano passado, voltou. o jogador do cerro voou de travas em riste no joelho do teco. cartão amarelo. senti gosto de sangue e saudade do dinho.

e ontem o inter teve uma estréia sensacional no torneio. eu achava que o jogo ia ser em montevidéu, mas pelo visto foi na altitude de salto, a aproximadamente 5.000 centímetr
os acima do nível do mar. o ar rarefeito faz com que o corpo pareça mais leve por lá. acho que isso explica por que clemer levou 89 segundos pra atingir o chão no segundo gol. ou a gravidade não age mais sobre ele, o que seria uma hipótese remota. o inter deveria fazer como o flamengo e protestar. fica inviável jogar nessas alturas.

mas não é sobre isso que quero falar. é sobre esse novo ídolo da torcida gremista. os dois, na verdade. quando chamaram o schiavi, o carlo encheu o saco no semcaneleira que essa história de ter que chamar argentino é bichice. não, não é. a presença dos correntinos em cada discussão foi bem destacada por toda a imprensa.

mas também não é sobre isso que quero falar. é sobre o saja mesmo. quando contrataram ele, tive que reconhecer imediatamente: o cara é bon... ok. pra não s
oar gay, vou dizer que "o cara tem presença", a maneira masculina de dizer que o cara é bon... que o cara tem presença. ter presença significa que o cara é bon... droga! que ele tem presença. enfim. não tenho como me explicar melhor do que isso. ele tem presença e vocês me entenderam. ao constatar isto, concluí que, jogando bem, ele ganharia os corações das moças tricolores muito rápido.

aí o hermano vai lá e faz um bom jogo. o lucas faz o golaço, etc. tudo muito lindo. e então, pênalti. na história das tragédias recentes da vida do grêmio, pênalti não falta. o olímpia sabe muito bem disso. mas também não faltam heróis. galatto pode estar fora agora, mas mora no meu coração. e depois de um ano de dúvidas sobre o homem debaixo das traves, pendeu a pergunta: habemus goleirum?
habemus. e habemus mesmo. a defesa é plástica porém consciente: o que ele disse na zero hora no dia seguinte, de que intuiu como viria a cobrança, não é papo. o lado que ele caiu pode ter sido sorte, mas ele abaixa a mão bem abaixo do corpo durante a queda. e depois que espalma, ele tá olhando pra bola, como aparece na zero hora dois dias depois.

faltava, claro, eu ter a confirmação da minha teoria sobre saja & as geraldinas e outras garotas gremistas. não precisei nem esperar muito tempo nem procurar muito longe. acho que ainda no larus a mariana me dispara:
- assim que eu me recuperar do baque das despesas das férias, vou procurar uma camiseta do saja, das novas.

se essa chuva que despenca agora em porto alegre me deixar chegar no monumental, já consigo até ver o que vai acontecer. eu virando a cabeça dela pro outro lado e dizendo:
- mariana, o grêmio
ataca PRA LÁ.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

voltamos

eu e eles.


mais the police aqui, aqui e aqui. minha redação de 30 linhas sobre como foram minhas férias fica pra depois.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

férias públicas.

saí. 2 semaninhas fora pra resetar a máquina, ou seja: tudo o que eu precisava. e como indica a seta, primeiro eu subo. uma semana no litoral norte, imbé e arroio do sal, a segunda no cassino roots. fotos e vídeos, quem sabe, depois. posts contando peripécias, também.

enfim... se eu sumir, fiéis leitores, não pensem que eu abandonei essa joça! não sei quando vou postar de novo, mas sempre tem um laptop por perto, uma lan house na esquina. nobody knows.

até breve! e espero voltar um pouco mais moreno.