quarta-feira, janeiro 31, 2007

a quem interessar possa.

descoberta a parte do cérebro que está ligada ao vício.

a fonte é altamente duvidosa, eu sei. mas pela poesia da coisa, resolvi não checar em outras fontes. e de qualquer forma, tem algumas coisas que me isentam de buscar profundidade no assunto:
- meu único vício é música.
- não sou jornalista.
- não ganho pra ficar dando notícia aqui.

devaneios à parte, espero que essa pesquisa exista e que o resultado seja real e confiável. imagina a felicidade de um alcóolatra de não ter mais medo de olhar prum copo ou uma garrafa?

mesmo assim, resta uma pergunta. o cérebro é capaz de, em determinados casos, reproduzir funções perdidas, devido a áreas danificadas, em outras áreas dele mesmo. e se o cérebro emular a função da ínsula em outra região? e se o vício retornar a partir do simples gosto da pessoa por determinada substância?
tomara que não.

terça-feira, janeiro 30, 2007

um dia feliz

ontem foi um dia feliz. com essas coincidências engraçadas que acontecem de vez em quando, tipo uma aranha entrar logo na MINHA mala no reveilão, um amigo meu retornou do breu.

não que ele estivesse em coma ou em períodos obscuros. acontece simplesmente que eu não tive como falar com ele nos últimos 3 anos. em 2004 eu tive problemas com algum vírus, trojan ou hacker (leia-se cracker, pois esta é a expressão correta para indivíduos que burlam sistemas e códigos de programas. hackers, a rigor, são outra coisa e não têm nada a ver com o crime. estão mais ligados à própria invenção do PC, até). o resultado foi que comecei a receber reclamações sobre e-mails que eu nunca tinha mandado, mas tinham saído do meu computador. talvez usassem mesmo o meu e-mail, ou talvez usassem apenas meu ip como espelho, mas o fato é que eu resolvi, a coisa reincidiu e eu perdi minha conta do terra. v.moller@terra.com.br foi embora, levando todos os meus contatos e e-mails junto.

pois tal amigo responde pelo nome de thomas montanari (leia-se tomá montanarrí). é francês. e é um dos meus melhores amigos. ou pelo menos foi meu melhor amigo na frança. uma amizade típica das minhas melhores: brigamos por todos os motivos possíveis, especialmente na luta por conhecimentos científicos. ele ganhava todas em química e física, enquanto eu era o biólogo da coisa.

foi com ele que eu gravei minha primeira música, no verão boreal de 1995. a música era dele, na verdade. a idéia, pelo menos, porque na hora nós fizemos tudo improvisado. ele no meu teclado, eu na minha bateria eletrônica. depois que ele foi pra casa, eu usei um método muito rudimentar, porém eficaz, pra fazer a engordar: levei tudo do meu quarto pra sala. com um microfone suspenso acima dos meus instrumentos, ligado no poderoso aiwa do meu pai, eu dava play na fitinha no meu som, tocava novos teclados ao mesmo tempo, e assim fazia minha primeira gravação por faixas.

modéstia à parte, ficou do caralho pra dois guris de 13 (eu) e 12 (ele) anos. e é o primeiro registro que eu tenho dessa efervescência de arranjos que me toma toda vez que eu tenho uma música na minha frente. além do teclado que ele tinha gravado, eu ainda gravei mais 3. (eu já usava o órgão hammond de maneira furiosa, na época. praticamente um john lord). e a fitinha ficou comigo. e eu tenho a gravação. e um dia eu vou regravar a música, quem sabe com a absence of.

durante esses 3 anos eu cacei ele no orkut, no google, sites de relacionamento e afins. a única coisa que eu achei foi uma foto dele vice-campeão de um torneio de esgrima. e agora achei ele porque na última vez que meu pai foi lá a gente achou o último endereço dos pais dele, que eu tinha perdido. deixou uma carta, e justamente no dia em que eu posto um texto com um título em francês neste blog, recebo um e-mail deles.

a depressão de tudo isso é que, mais de 11 anos depois de voltar da frança, algumas palavras clamam por um dicionário. bleh.

***

um dia nem tão feliz assim.
ontem acharam o corpo da moça que desapareceu no rafting do rio das antas. a michele talvez só não fosse minha amiga porque ela não atendeu a todos os convites do ferdi pra fazer churrascos com a gente no QG.
ficar triste pela morte de alguém independe das qualidades que a pessoa tinha, mas se vale o relato, a michele era uma guria muito gente boa, simpática, divertida e bonita, também. isso ficava ainda mais evidente quando ela tava junto com uma prima muito mala que ela tem.

baixo astral.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

le dernier acte au bord du trottoir.

que estiva essa viagem de volta de rio grande. especialmente quando se perde a noção de tempo. meu celular optou por me boicotar, agora. sem mais nem menos, a bateria despenca, e eu não desenvolvi o costume de estar sempre com um carregador no bolso. essa história de que lítio não vicia é bobagem, apesar de eu nunca ter experimentado.

e vir de ônibus da prefeitura nunca vai ajudar. os velhos datc fazem pausa no tal do paradouro VI. intragável. comprei um shot e torrones de amendoim. mesmo assim, eu tava em dúvida se eu comia alguma coisa ou não. o churrasco foi até umas 4 da tarde lá no cassino. picanha, ovelha, picanha de ovelha. e maminha, salsichão, etc. mais caipirinhas e cervejas. me sinto mais gordo.

cheguei de taxi em casa, 10 minutos depois de ver a puta de rua mais bonitinha da minha vida inteira na esquina da garibaldi com a farrapos. mas sempre fica aquele medo de que seja um raparigo disfarçado.

abri portão, porta e entrei. (sozinho. a puta ficou lá. não se enganem. não me olha desse jeito, mariana). mas eu continuava na dúvida se comia ou não. comida, não a puta. fiquei hesitando com os potes de comida de sexta que restavam dentro da geladeira. mas achei que jantar às duas da manhã ia ser coisa de gordo. então resolvi ser um gordo feliz: me servi sorvete de brigadeiro da nestlé, que é muito bom, mesmo que o da kibon seja muito melhor. aliás, quando é que o da kibon não é melhor?

mariana, era só uma puta na rua. não me olha desse jeito!

sexta-feira, janeiro 26, 2007


já que eu viciei nessa porra mesmo: MAHNAMAHNA!

canibalismo.

o jogador teria que entrar com uma ação na justiça do trabalhando alegando que a norma da fifa que impede que ele atue por mais de dois clubes entre junho de um ano e julho do ano seguinte, fere o seu direito de trabalhador, uma vez que estaria impossibilitado de jogar pelo grêmio.
do correio do povo de hoje (dá pra notar, pelos erros no "trabalhando" e uma vírgula terrivelmente mal colocada.)

as leis são feitas para anularem-se entre elas mesmas.

copyright

- cara, o que tu tá tomando?
- original.
- então vou te imitar. garçom! me vê um PLÁGIO.
- HAUHAUHAUHA! me sirva um FALSO.

no cavanhas, como sempre.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

tuta que o tariu!

pelas mais belas atrizes tchecas (as pornôs, claro): fui ver schiavi e vi carlos eduardo. quando menos se espera, é aí mesmo que se vê. não é esse o ditado? não, né? mas é quase isso.

mesmo sozinho, é muito bom ir ao olímpico. em breve, algum comentário chato sobre ser torcedor de futebol.

(very) strange déjà vu

o l. potter aquele, do patrola, acaba de apontar armandinho's desenho de deus como um dos candidatos a hit do verão.
do verão retrasado? prever o passado é uma ciência exata, como disse millôr. não precisa ser mago, muito menos potter.

pra mim, o hit do verão é disco queen, do pain of salvation. vai dizer que não, leandro? haeuihaeihaei

apressada

como eu tenho enorme curiosidade pelo comportamento humano em geral e o terra nos brinda com dicas e testes fabulosos, resolvi fazer um prosaico teste de paquera... para mulheres.
você é uma expert na arte da paquera?

eu não. eu vou muito rápido ao assunto. :(

quarta-feira, janeiro 24, 2007

segundona

a SLM Ogilvy só não perde essa conta se rolar um tapetão. não vou postar as imagens aqui, pois estão todas no kibeloco, mas aqui vai o link direto pra elas.
apesar de eu ter achado acertado o slogan Libertadores é a nossa cara, eu não gostei da campanha quando ela foi lançada. o logotipo pra mídia impressa é muito mal-feito. parece que os caras pegaram duas fotos e vetorizaram a bangu. a impressão que dá é que um dos caras da imagem tá chorando. independente do que eles tão fazendo, ficou tão ruim que parecem dois abobados. não fosse um logo, eu perguntaria: tão fazendo o que, esses idiotas? cantando cachorro grande? vou dar uma chance pra eles: é I feel good, do james brown.
então, não bastasse toda essa primeira impressão, vejo isso sobre a imagem do banner online. ou tem algum colorado sacana como diretor de arte, ou os caras são MUITO BURROS.

criação de segunda divisão, hein?

terça-feira, janeiro 23, 2007

eu vou completar a lista.

posso dizer que a minha lista de bandas/músicos que eu sempre quis ver ao vivo é composta por 5 nomes. o primeiro show que eu vi na minha vida, o pink floyd em 94, não era um show que eu sempre quis ver, mas se tornou automaticamente o show que eu sempre quis ver DE NOVO (e consegui, de certa forma, quando o australian pink floyd veio a porto alegre justamente no dia do meu aniversário, em 14/06/2005. não tenho dúvida que alguém em algum lugar quis me dar aquilo de presente de 23 anos).
em resumo, comecei meu currículo de shows com algo insuperável. me desculpem os fãs do U2, mas o division bell tour não vai encontrar nada igual, talvez nem do próprio pink floyd. eles conseguiram transformar o palco INTEIRO numa enorme tela, onde por duas horas e meia eu vi desfilarem filmes, projeções, luzes, tudo isso entrelaçado por lasers, fogos, porcos infláveis e o maior globo de espelhos da história.
enfim. com essa tacada meu pai me fez um cara muito exigente pra shows. nada mais natural, portanto, que, além de ser fã das músicas do rush, eu tivesse um interesse especial em ver aquele que deveria ser o segundo melhor show do mundo. também foi fantástico, mas eu já tinha tantas idéias formadas a respeito de iluminação que eu acabei vendo o show de uma maneira bem mais consciente. porque no pink floyd eu passei duas horas e meia 100% confortavelmente entorpecido. era coisa demais pra cabeça de um guri de 12 anos.
então tive o rush no final de 2002, mesmo ano em que eu conheci o pain of salvation. os suecos me deixaram transtornado pela primeira vez no dia 30 de junho, ou seja, no dia em que o brasil ganhou o penta. deve ter sido lá por volta da uma da tarde: o kazaa ou seja lá o que for que eu usava na época terminou de baixar aquela tal de the perfect element, que eu resolvi pegar pra matar uma curiosidade pequena que eu tinha a respeito da banda (eu sou absurdamente resistente a bandas novas, especialmente no metal progressivo, porque eu sempre tinha a sensação de estar escutando uma fração do dream theater). bom. era o oposto do dream theater. era o marillion com muito mais técnica, qualidade, mais tesão, emoção, coração e, pelo menos naquela música, uma letra obra-prima. não conseguia acreditar que tava escutando algo tão bom, algo que me lembrava fish & sua trupe, só que mais pesado, mais preciso e estupidamente tesudo.
então em 2005 aconteceu. eles vieram pra porto alegre. não tinha muita gente no show, mas o opinião é pequeno pra voz e a genialidade do daniel gildenlöw. um show muito perigoso: talvez não fossem só as mulheres presentes que quisessem dar pra ele... talvez eu também quisesse dar pra ele naquela hora. fora a presença de palco fenomenal dele, do mano kristoffer gildenlöw e do johan hallgren. em alguns pontos do show, tipo undertow, acho que chorei. em outros, cantei baixinho, só pra mim.
2005, por sinal, foi um ano mágico. ainda teve o pearl jam no gigantinho, mas isso fica em segundo plano. dream theater em dezembro, no credicard hall em são paulo, as duas noites. os dois últimos albums não repetem a monstruosidade que é o scenes from a memory ou a maturidade incrível do six degrees of inner turbulence, mas ao vivo eles fodem a barca. mr portnoy é um legítimo showman.
só que sempre faltou um cara. O cara, talvez. o meu ídolo mais antigo de todos, tão antigo que eu não sei quando eu comecei a gostar da voz dele, mas não acho improvável dizer que é da barriga da minha mãe, ainda. culpa do osmar, pra variar.
pois é.
e agora tão dizendo que ele vem.
e ele não vem sozinho. ele vem com a BANDA com a qual ele fez sucesso, o trio que era tido como os reis do pop no início dos anos 80, apesar de terem surgido do punk/new wave, trilhado o reggae e só terem desembocado no pop MESMO no último album de 1982.
um baixista excelente/vocalista único e fenomenal, um guitarrista estupidamente criativo e um baterista que seguramente era um dos melhores do mundo. "mas isso é o RUSH!", vai exclamar o leandro. não, leandro. não é. mas tu já sabe qual é, porque já discutimos as enormes semelhanças entre as duas bandas num churrasco no ferdi.
eu só sei que os caras vão subir ao palco e eu vou chorar.

a "notícia" tá aqui.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

drive the road to your surrender
time comes around... out of my hands
small boats on the beach at the dead of night
come and go before first light

leave me running in the wheel
king of the world
how do you feel?
what is there to feel?

so how do we now come to be
afraid of sunlight?
tell me girl why you and me
scared of sunlight?

been in pain for so long
I can't even say what hurts anymore
I will leave you alone
I will deny
I will leave you to bleed
I will leave you with your life

so how do we now come to be
afraid of sunlight?
tell me girl why you and me
scared of sunlight?

all your spirit rack abuses
come to haunt you back by day
all your byzantine excuses
given time, given you away

so don't be surprised when daylight comes
to find that memory prick your thumbs
you'll tell them where we run to hide
I'm already dead
it's a matter of time

so how do we now come to be
afraid of sunlight
how do we now come to be
afraid of sunlight

day-glo jesus on the dash
chalk marks on the road ahead
friendly fire in hostile waters
keep the faith
don't lose your head

so how do we now come to be?

- marillion - afraid of sunlight
valeu, steve hogarth. melhor relação letra/música do mundo nessa segunda-feira. melhor do que isso, só se eu pudesse berrar ela agora.

como ganhar dinheiro com sexo b.

esse aqui vai atrasado. me dei conta que no perry bible fellowship o nicholas gurevitch tinha feito uma tira perfeita pra ilustrar o que eu disse sobre o bbb. nossa, quanto link.

outro: como neste domingo cassineiro minha cabeça passou as 2 horas e meia que eu joguei de frescobol pensando em música, me bateu que o título mais legal pro join the flotilla! seria no existe fuerza en el mundo, música do mestre hermano león gieco. dele eu compraria incensos no zelig.

sábado, janeiro 20, 2007

o sol nasce para todos.

semana passada o arthur viu o meu rádio estrategicamente posicionado dentro do porta-luvas.
- tu tá ligado que os caras já têm a manha disso, né?

essa semana uma empresa de consultoria sobre vírus de computador e malware em geral liberou um relatório dizendo que os programadores novamente estão conseguindo driblar os sistemas mais avançados de antivirus com linhas de comando altamente camufladas, que usam comandos dos sistemas operacionais contra eles mesmos ou coisas do tipo.

não adianta. o sol nasce pra todos.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

mazelas de quando entram na tua casa.

por "entram na tua casa" por favor entendam um eufemissmo. não vou ficar aqui discursando sobre nos sentirmos invadidos nem sobre como nossas casas estão se tornando fortalezas quando deveriam ser castelos. felizmente levaram pouco. e é justamente a dislexia dos objetos apanhados que preocupa: 01 camiseta da pública agência de comunicação, 01 camiseta aleatória, 01 bicicleta de criança e, o grand prix, 01 ferro de passar roupa.
com diria o erik: hmmm... capcioso, hein?

e então temos coisa pior. fui falar com o guardinha da noite sobre o ocorrido. eu já tinha raiva dele porque uma vez ele fez acreditar que tinha faltado luz no bairro: não tinha grade, ainda em casa, ainda. como era domingo e eu não acordei antes do meio dia, ele resolveu desligar a luz da frente da porta direto no disjuntor. e eu fiquei até as 3 jurando que não ia ter como fazer meus trabalhos de faculdade, até que descobri que o único que não tinha luz na rua, ou quem sabe na cidade, era eu.
dessa vez, entretanto, fui brindado ter que ouvir pelo menos 04 vezes cada uma dessas declarações:

- porque laranja podre existe em tudo que é canto. tem laranja podre na polícia federal, tem laranja podre na política, e tem laranja podre nas empregadas e nos guardas de rua também.

- eu sempre digo. eu falo por mim, não falo pelos outros.

- porque a polícia sabe. o delegado olha e sabe quem tá devendo e quem não tá. se for pra depor, eu deponho tranqüilo, porque eu sei que eu não tou devendo.

- isso aí pode ter certeza. não foi ladrão não. tem boi na linha. tem boi na linha.

- eu trabalho com isso há anos, já trabalhei na rudder, já fui segurança de hotel. abre o olho.

quase perdi o tangos e tragédias, quarta-feira, por conta da história de vida dele. isso, claro, somado ao fato de que porto alegre é um video-game sem direito a continue. mas isso é assunto pra outro post.

os melhores amigos

dia 5 de janeiro fez um ano que fizemos terraplanagem na hiléia. pra quem não sabe, a hiléia era a banda de metal progressivo que eu tinha em rio grande.
na ocasião do 1 ano do fim, resolvi reler os últimos dias. ainda tenho praticamente todos os e-mails na pasta exclusiva dela no meu yahoo. não sei se é porque a banda significava demais pra mim, mas o fato é que eu nunca consegui deletar e-mail nenhum, nem jogar nada da banda fora. nunca deletei as fotos, os htmls da página (todos guardados no meu computador, as fotos editadas pra página, os comentários de shows. tenho tudo. tenho arquivos de midi que eu, o ivan ou o márcio produzimos nesse tempo todo.
tudo.
no dia em que eu li o email do ivan avisando que a banda tinha acabado eu fiquei meio atônito. cheguei em casa e abri o e-mail, ao meio dia, antes do almoço. tava lá a bomba final. não era exatamente a final. talvez se eu quisesse a banda teria continuado, mas eu achava isso inviável sem o ivan. sempre me perguntei como ia ser se a banda acabasse MESMO, mas acabou que eu sentei na cama e chorei. e fiquei mal mesmo, mas pensando bem isso era bom, pois o clima tava bem desgastado, ainda por cima por nossos 3 últimos shows terem sido bem complicados. teve um, inclusive, que nós nem chegamos a tocar, devido à péssima organização do evento.
resolvi reler os e-mails que eu troquei só com o ivan na época. por mais que a gente tentasse segurar as pontas, tava muito claro que era inviável. mas o que mais me bateu não foi isso: é que os e-mails eram absolutamente... gays. eu reli eles rindo baixinho aqui na agência, porque era muito engraçado mesmo. não vou publicar coisa alguma aqui, nem sonhem, mas eu me diverti mesmo. mesmo assim, eu entendi muito bem porque as coisas foram ditas daquela maneira. não, eu não sou enrustido.
a verdade é que o que nos colocou um do lado do outro foi justamente a banda. eu provavelmente não conheceria ele, e talvez a hiléia nem tivesse existido, se eu não tivesse começado a tocar teclado, ou seja, se não fosse o show do pink floyd em 94. ele virou meu melhor amigo por uma questão musical, e sempre tivemos esse medo de que, por falta de hiléia, a gente perdesse contato.
fiquei feliz relendo tudo isso, porque nada do que a gente temia aconteceu. muito pelo contrário: tirando o cruz, que sempre foi meio sumido, eu tenho uma impressão constante de que eu passei a me dar muito melhor não só com ivan, diogo ou márcio depois do fim da banda, como também com toda a turma. afinal, eu era sempre o "cara mais difícil" da hiléia. parece que saiu aquele peso de que eu vinha com as letras e dividia com o ivan as músicas, decisões sobre repertório, orientações musicais e outras coisas. todo mundo participava, mas as coisas mais pesadas ficavam com a gente. não que a gente não gostasse. eu sempre gostei de ser cabeça numa banda, mas às vezes isso gera alguns rancores. e como líder, nem sempre dá pra se desvencilhar de uma certa pecha de PATRÃO.

eu vejo o ivan bem menos do que quando a gente se conheceu, agora, mesmo que ele já tenha andado mais sumido. mas a única diferença entre antes e hoje é que a gente não discute mais as músicas da banda, mesmo que a gente tenha tocado um pedaço da nossa última música inacabada esses tempos, na casa dele, versão violão e piano, só pela brincadeira. agora discutimos sobre qualquer bobagem. mais ou menos como eu e o ferreira, que eu vejo ainda menos que o ivan, mas que nunca me nega um beijo, mesmo que depois que eu fui pra frança nós nunca mais tenhamos sido exatamente inseparáveis. tudo isso por conta de uma infância que a gente escalou juntos. ele me batendo e eu apanhando, afinal ele tinha um irmão mais velho e eu ainda fui por muito tempo filho único.

existem sempre aqueles que são grandes amigos, mas a gente sabe que os melhores são aqueles que, mesmo depois de muito tempo, uma passada de mão na bunda continua não sendo mais do que uma grande sacaneada e fruto de boas risadas. se não for assim, é porque pode até ter sido um amigão, mas não foi um top of mind.

é gigantesco o medo de perder pra sempre um melhor amigo.

3 em 1.

i. a gravação foi do caralho.
em breve fotos e vídeos.

ii. pontes da amizade

portunhol todo mundo aqui manja, mas e espantuguês? é engraçado como, mesmo tentando achar um meio termo entre as duas línguas, os caminhos encontrados são bem diferentes. e a compreensão se mantém.

iii. 40

ontem, durante as gravações no hurricane, discutíamos a questão da união de música tocada e música programada na... música. o valmor diz que marillion é melhor com o steve hogarth, enquanto eu, chan, daniel, orontes e talvez o sebbá preferimos com o fish, com menos estripulias eletrônicas. como eu tava usando duas câmeras digitais pra registrar filmes e fotos, esse tema entrou na jogada. o valmor disse que nesse quesito, prefere as câmeras analógicas, e então veio à tona o papo sobre a praticidade da digital versus a qualidade da analógica. lá pelas tantas o sebástian disse que o mundo é digital, e disse algo que me lembrou o que eu falei sobre as guerras do futuro no post 3WW:
- daqui a 40 anos no máximo a gente já era, - com o g e o j bem acentuados.
mas enquanto eu falei somente de guerras, ele quis dizer que dentro de 40 anos as máquinas dominarão o mundo. e os humanos - se houver - estarão mal na foto. ok, nada que não tenha sido dito no BE, do pain of salvation, ou em vários outros filmes, como a parte spielberguiana de A.I.. (estranhos esses dois pontos juntos, mas fazer o que?). (mais estranho ainda, só essa exclamação dentro dos parênteses, mas fazer o que de novo?). (puta merda!). só que extremamente exagerado, pensei na hora.
então hoje o jornal noticia e a tv confirma: o buraco de ozônio diminuiu no nosso hemisfério sul. melhor não pegar sol entre 11 e 17. lembrei do prazo que o sebbá deu pra humanidade.

...

35? 30? menos?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

to become a presence

hoje à noite o chan entra em estúdio pra começar a dar forma a algo que vem sendo moldado desde maio do ano passado. com as gravações da absence of finalmente rolando, várias idéias musicais minhas. algumas delas rondam minha cabeça há muito tempo: o tema principal de who? foi criado no verão de 2002, numa noite quente pra caralho em rio grande. a letra dela eu não lembro de quando é.
ainda pretendo falar sobre cada uma delas aqui, mas só depois de gravadas. eu vou pro hurricane junto com o sr. sean toss para documentar tudo em fotos e vídeo. depois vou ver se edito tudo e jogo no youtube. postarei os links aqui com os comentários sobre cada uma, o que provavelmente resultará em 4 textos chatos que só eu vou ter prazer - e orgulho - de ler. não sei se vou fazer clipes da gravação com as músicas finalizadas ou se vão ser pura e simplesmente no estilo making of. se eu tiver paciência, faço os dois.
agora uma descrição rápida do processo: as baterias, como eu já disse, serão gravadas nesta quinta no hurricane, estúdio do uruguayo sebástian. amanhã, rola a aprimoração da coisa toda, e então os arquivos serão levados pra casa do valmor, onde gravaremos as guitarras do orontes e os baixos do daniel, tudo microfonado. pra captação, o orontes tem um AKG que é uma beleza. depois, eu entro com os teclados, evidentemente em linha. mais tarde, os vocais no estúdio do gudi, na cidade baixa. arthur, eu e daniel na jogada. e a mixagem final no valmor.
pra quem quiser acompanhar, creio que o valmor vai fazer relatos diários da gravação no blog dele, o Mundo de Valmolo! na verdade, ele já vem fazendo isso com os outros trabalhos dele. quem escutou as linhas de bateria que ele simulou pras nossas prés (que acabaram não rolando) sabe do que o cara é capaz.

nunca me senti tão próximo do que eu acho que é o "meu som". tô louco pra começar.

às 7 da manhã, em são lourenço...

o que explica isso? hipóteses discutidas até agora:
1. o cara se mudou. antes era mesmo numa esquina e ele não quis mudar o nome.
2. antes ali era uma esquina mesmo. daí, devido a um surto de crescimento da cidade, a quadra cresceu. (por orontes)
3. as casas ao lado brotaram ali devido a um movimento sísmico, que desencadeou uma erupção e provocou o aumento da quadra. as casa ao lado, na verdade, não foram construídas, e sim cavadas na rocha resultante da lava solidificada. (eu acho essa bem provável).
4. o cara é muito burro.

alguém teria alguma outra sugestão?

sobre mulheres II - de loiras e morenas.

as douradas que me desculpem, mas melanina é fundamental.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

como ganhar dinheiro com sexo.

alberto passa bronzeador no bumbum de liane no bbb7
esse big brother vai bombar, sem dúvida. não sei se é impressão minha, mas o pessoal já entrou com a pilha toda, a mulherada declarando que vai pra casa pra dar, digo, pra encontrar alguém, etc. na esteira das panelas de pressão, como escreveu o merigo no brainstorm#9, os patrocinadores inserem seus produtos nas brincadeiras, fazendo um merchandising mais descontraído do que aquele praticado pelas novelas convencionais (muito bem parodiado no filme the truman show, com jim carey).
e aí rola muita grana.
a cada edição do programa, o limite do pudor vai sendo posto um pouco mais adiante. disseram que a globo prometeu sexo dessa vez. que bom! tá na hora de parar com a hipocrisia. no fundo é isso que todo mundo quer ver, e é isso que os organizadores querem conquistar a cada novo bbb. quanto mais a barreira da putaria é empurrada, mais liberdade eles conseguem. acho que ainda veremos sexo explícito.
eu ainda fico impressionado que não fizeram a versão full sex valendo. não faltam produções pornográficas simulando o clima dos reality shows, mas os atores são tão ruins que escancaram o fake - e o roteiro - da coisa. eu sempre tenho a impressão que os atores pornôs, antes de chegarem nas cenas que interessam, tão desesperadamente se segurando pra não rir.
portanto, por que não escancarar, em vez do fake, o lado real da coisa? abre um big brother e avisa logo de cara: tá liberado. não isenta a casa de acessórios, objetos ou qualquer coisa que remeta a sexo; seleciona pessoas que pareçam pré-dispostas a deixar rolar e ir a fundo na brincadeira - e vê o que acontece. nem que seja só pra passar no sexy hot e revelar nossas próximas estrelas do sexo explícito. patrocinador não vai faltar.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

join the flotilla!

não bastasse a causa interessante, o site da anistia internacional muito afudê. help us close guantánamo!

sem sentido.

mais um dia de bafo em forno alegre. ontem acompanhamos a escalada do termômetro no conforto do ar-condicionado. o samuca anunciou 34. uma hora depois, 35. o alex foi levar o filho no hospital e, na volta, nos entregou 36.
na semana do reveillon, alguém me perguntou se era verdade que tinha feito 41 em porto alegre. eu não sei - eu tava em rio grande. mas não duvido. dia 31 mesmo, em rio grande, fez um calor russo, se na rússia fizesse calor.
e de noite não melhora. essa noite foi mais uma de enormes dificuldades pra dormir. sentia meus ombros e costas suando, e o ventilador me atirava uma brisa meia-boca.

agora o que eu tou tentando entender é, se só faz calor e o ar-condicionado nem anda tão porrada assim, POR QUE ESSA MERDA DESSA TOSSE NÃO PASSA?
o cara finalmente terminou a tatuagem. uma cicatriz forjada no pulso, como se tivesse sido costurado. ele achou que ela fosse mais uma dessas que expõem ao mundo o quanto sofrem ou sentem a dor da existência. por estes tempos parecia uma regra geral, e a pergunta saiu implicante, tendenciosa, indicando o caminho que já esperava desenhado na resposta.

- só uma pergunta. isso é pra demonstrar a tua vontade de morrer?
- não. é pra dizer que eu já superei ela.

ela saiu pra rua pela primeira vez. aos 25 anos, era uma mulher recémnascida.

terça-feira, janeiro 09, 2007

3WW

não. não é a web 3.0 ou coisa do tipo. com algum esforço, daria pra estabelecer uma relação - mas a fadiga impera.
muito já se disse que a terceira guerra mundial seria uma guerra virtual, em termos. os americanos, especificamente, controlariam seus combatentes a partir de postos de comandos remotos. não haveria homens, e sim aviões, tanques, robôs teleguiados. em quanto tempo isso deve acontecer eu não tenho a menor idéia, mas com certeza será antes de rio grande ser atacada e subjugada pelas águas oceânicas, devido ao degelo das calotas polares e conseqüente aumento do nível do mar. ou seja, menos de 50 anos.
mas enquanto isso não vem, world domination battle. vejam o trailer e depois tasquem um play. é pra se mijar de rir e explodir todo mundo. muito do caralho.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

correntino hijo de...

ninguém sai incólume de uma ida ao zelig. especialmente depois de ler a historinha do igor manfro na segunda edição da cidadeb (que eu peguei saindo do bar), me vi obrigado a me manifestar sobre o assunto. por algum motivo, toda vez que eu vejo aquele argentino vendedor de incenso, ele mesmo trata de nos lembrar como foi a primeira vez que a gente se viu. (sem homoafetividade, por favor). um detalhe que todos que o conhecem devem lembrar: ele fala muito rápido. parece que tá sempre em overclock.
- olá, olá, tudo bien? sán nóvoz aqui, no?
todos com cara de paisagem. e então em uníssono:
- não.
- e já me conecem? no quieren comprar incensos? usted já comprou incenso comigo, no?
- sim, sim, duas vezes, um de canela e outro de...
- de canela? yo no tengo o de canela mas trôsse un de dama da noite.
e tira rapidamente o incenso do meio de tantos. o cara não é rápido só pra falar.
- não, não, brigada, eu não quero mesmo.
- usted también no?
- não, brigada.
- usted é aquele que falou francés comigo há um tempo atrás.
- eu mesmo.
foi a segunda vez que ele se virou e saiu me xingando por absolutamente nada.

post atrasado.

Que em 2007 a gente receba mais e-mails importantes do que spams.
(inspirado nesse post da paula no pára tudo! eu quero descer.).

sexta-feira, janeiro 05, 2007

que delícia!

não posso negar. ler fofoca é um deleite! especialmente quando o nariz de palhaço tem o tamanho de uma tromba de elefante e mesmo assim os protagonistas não se dão conta. o ronaldo fenonho tá de namorada nova. que bom pra ele. que bom pra ela, também. mas ler as declarações dos envolvidos diretos e indiretos é um entretenimento que beira o nível monty-pythoniesco.

érika, a nova fenonha, se diz apavorada com a repercussão do novo relacionamento. antes disso, poderia ficar apavorada com o "relacionamento" em si. a maneira como começou já é mais do que motivo pra se preocupar, como conta sua amiga fabíola: "
por indicação de sua irmã, ione, o ronaldo foi se tratar com a kika, antes do natal. no dia 27, eles se reencontraram casualmente, em uma festa, e tudo engrenou. horas depois, eles já estavam em madri". é muito normal isso. acontece todo dia lá em casa. "ei gata, que tal dar uma bimbada e voarmos pra madri?", "claro. só deixa eu pegar uma calcinha limpa pra levar". ou então pegar a calcinha, voar para madri e dar a bimbada. um pouco mais chique, dar a primeira bimbada em madri.

fora isso, são de chorar de rir as outras declarações da tal fabíola. ela diz que a amiga afirma que ronaldo está encarando a relação da maneira séria. aeuheaiuiaehiuheuihaeuiuiaeh! ok. e aí ela se enrola e detona:
"eles estão se gostando muito. a kika só está preocupada com sua imagem, pois não tem nada a ver com as ex-namoradas dele. ela não é modelo nem artista. é dentista! profissional. independente. não é uma aventureira, uma interesseira. é mulher pra casar! o próprio ronaldo disse para a kika que ela é diferente de todas. que ela é uma doutora. é por aí". IUAHEUIAHEUIHAE
- ai, ronaldo. estou insegura... tuas ex são todas modelos, artistas...
- mas você é gostos- quer dizer! doutora! eu gosto de você pelo que você é.

a reportagem do terra ainda tem um momento realista, citando os amigos do gordo. eles não dizem nada além do puramente óbvio, o que torna mais emocionante a ingenuidade da moça. ingenuidade? não dá pra descartar a possibilidade de termos, em alguns meses, um ensaio da playboy em consultório dentário. também me pergunto se ela vai usar isso pra subir o preço da limpeza dental.
quanto tempo até levar a primeira guampa? estão abertas as apostas.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

são lourenço do sul.

meu pai sempre mandou eu visitar. são lourenço é uma cidade pequena com o formato de uma teta, na beira da LAGUNA dos patos (isso, além do rio/lago guaíba, foi motivo de discussão). simpática a praia, com árvores na beira da água em determinados pontos. dá quase pra ver o sol nascer e se pôr na lagoa (me rendo novamente, pra não perder o costume do termo), de um lado e outro da cidade. fora isso, é um lugar onde eu não queria morar. o atendimento nos bares é péssimo, apesar dos frutos do mar em aparente profusão.
e, algo que foi surpresa pra mim, é uma cidade de alemães. ou seja, é uma merda. todos eles têm mais ou menos a mesma cara: olhos claros e abobados, nariz alongado e bem puxado pra baixo, o que deixa a distância entre o nasal e o queixo muito pequena. e o queixo normalmente é meio saliente. os homens, mais especificamente os velhos, têm TODOS essa cara:
(ignorem o texto da foto, por favor.)
felizmente, posso me sentir tranqüilo quando o leandro for ler esse post, pois a família dele não tem nenhum traço dessa genética. fora isso, a população feminina também pareceu dominada pelas alemãs, como era de se esperar. e sem bunda.

são lourenço nunca seria cidade pra mim.

boas vindas.

a última dica foi 2006 quem deu. foi como se me dissesse "tu acha mesmo que teu ano vai ser bom?" e se despediu de mim de forma categórica. empurrou aquele ser fantástico porém incompreensível pra dentro da minha mala assim que eu abri ela, no dia 31 de dezembro do ano passado, em são lourenço. foi o tempo de eu dezipar o zíper e eu vi: a pequena sombra de 8 patas, encontrando a dona dela mesma em cima da minha camiseta branca, e imediatamente fugindo para baixo das minhas roupas sob meu olhar apavorado.

odeio aranhas. abomino elas. existem duas coisas que eu percebo de primeira toda vez que entro num recinto, incluindo ruas e outros locais amplos. uma delas são aracnídeos, mas precisamente aranhas. é interessante que formigas não provocam nenhum tipo de medo, mesmo que elas sejam parecidas, e minha percepção é tão precisa que já vi desconfiei de formigas que, numa análise mais próxima, eram de fato aranhas meio bizarras. de corpo alongado e pernas finas e curtas. aranhas disfarçad
as para meu total desespero.

não que eu saia correndo. passado o susto inicial, eu me controlo, mas não relaxo. fico de olho no bicho. assim sendo, perdi parte do churrasco da casa que o leandro alugou retirando minhas roupas, uma por uma, sacudindo elas e revirando a mala. achei a maldita num bolso lateral, após me dar conta de que as divisórias haviam rasgado. era preta e pequena, mas nunca tinha visto uma daquelas - parecia ter o abdomen acinzentado. sacudi a mala de cabeça pra baixo. ela não caiu e eu também não achei mais ela dentro. significa que ela pode estar perambulando pelo meu quarto neste momento.

a tal casa, por sinal, foi dada como mal-assombrada pelo pessoal que tava nela há mais tempo. estávamos em 8, no total, e praticamente 1 por dia sofria algum tipo de mazela. o edu e o leandro torceram o pé. o márcio quase desmaiou por falta de glicose dia 1º (deveras fag). ent
re outros. mas aranha não completou minha conta. seguindo a teoria do diogo de que o dia só troca depois que tu acorda, a primeira memória que eu tenho de 2007 é de ser abduzido de um sonho pelo chamado da natureza. hugo, o todo poderoso, me convocava. o banheiro estava ocupado. pia da cozinha? ainda bem que eu fui muito, mas muito rápido e discreto. e foi pequena a quantidade. o suficiente pra não ter que me preocupar com mais do que dois pedaços de bacon remanescentes e uma boa passada de água com sabão na pia. tenho a impressão de que ninguém notou, porque no dia seguinte avisavam que eu era o próximo da lista da casa, já que não faltava mais ninguém.
mas não me safei da ressaca esmagadora que me jogou num sofá por horas, depois do almoço. felizmente, eu tinha pelo menos 3 opções de livros na minha mochila, mas sou leitor monógamo, e acabei pegando o "casório?!" da marian keyes. pelo menos a ressaca rendeu várias páginas de tontura e risadas altas enquanto os guris jogavam tomb raider no ps2.

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2007 se apresentou mal. mal pude ficar no sol porque tinha me queimado no dia anterior, ao ir pra piscina de casa em rio grande sem reforçar o protetor que eu tinha posto pra ir pra praia de manhã. o bicho que eu mais odeio entrou no meio das minhas roupas (alguém saberia o significado disso?) e eu passei metade do dia primeiro grogue pra caralho. além disso, algumas rupturas surgem como inevitáveis. ao mesmo tempo que algumas coisas (re)nascendo me deixa muito feliz, tenho a impressão que outras estão morrendo, e eu cheguei no ponto em que não posso e talvez nem deva fazer mais nada.

vai ser um longo ano.