quinta-feira, abril 29, 2010

devido ao ritmo frenético das últimas três semanas, devo admitir que me sinto perto de atingir o nível das máquinas.

se bem que talvez as máquinas descansem mais do que eu. e não vão avaliar trabalho de conclusão de alunos da faccat.

quinta-feira, abril 15, 2010

dead again. again.

pete steele um dia serrou seus próprios caninos pra ficar com ares vampirescos e era feio pra caralho. um feio de quase 2 metros de altura que, por conta disso, de um relativo sucesso cult no meio underground americano, da falta de grana e de um pau enorme, posou nu para a playgirl na década de 90.

era drogado, bêbado, tomou tufo de não sei quantas namoradas e, aproveitando seu visual altamente obscuro e seu gosto pela depressão, formou o type o negative pra fazer sua catarse e mudar de ares em relação às suas bandas anteriores, o fallout e o carnivore.

forjou sua própria morte (midiaticamente) várias vezes. mas morreu, mesmo, ontem.

foi uma das figuras mais controversas que eu vi no mundo do metal. todas as entrevistas que eu li do cara foram de uma sinceridade absurda e, mais do que isso, de uma demonstração de inteligência absurda. apesar da luta constante contra os próprios defeitos, era dono de uma crítica e autocrítica gigantes, e não por menos escreveu letras espetaculares sobre os temas mais variados:
tipos pervertidos, drogas, discriminação racial (kill all the white people, then we'll be free. e ele é branco), lirismo fantástico e letras de amor tando devotado (love you to death ou be my druidess) quanto de situações mais realistas (die with me), o que tirava dele qualquer suspeita de só saber escrever coisas enfadonhamente dark ou góticas.

gozado é que domingo agora, na saída do ensaio, eu e o chan saímos falando exatamente sobre a capacidade lírica e musical do pete. mesmo sendo o type o negative muito caracterizado pela temática sarcástica do pete em relação à própria vida e depressão, os discos da banda sempre foram marcados por músicas pesadas bonitas, melódica e harmonicamente. e pelo estilo inconfundível do vocal grave e do baixo com distorção, que dava liberdade pra guitarra ficar menos nos riffs e mais nas melodias e solos. foi por isso que, quando meu pai comprou o october rust em 97, eu roubei dele 2 dias depois e o disco nunca mais voltou pra coleção dele. october rust que, aliás, é um discaço, uma sonzeira atrás da outra: love you to death, be my druidess, haunted, wolf moon e a IMPAGÁVEL my girlfriend's girlfriend, she looks like... you! my girlfriend's girlfriend, she's my girl... 2! isso é genial. até hoje piro escutando esses sons, coisa que eu vou fazer agora, por sinal.

mas como esse texto veio me de sopetão e ficou uma bosta, eu vou copiar a sensacional letra de the green man e salvar o post. vai em paz, gênio!

spring won't come, the need of strife to struggle
to be freed from hard ground
the evening mists that creep and crawl
will drench me in dew and so drown

I'm the green man
the green man


sol in prime sweet summertime
cast shadows of doubt on my face
a midday sun, it's caustic hues
Refracting within the still lake

autumn in her flaming dress
of orange, brown, gold fallen leaves
my mistress of the frigid night
I worship pray to on my knees

winter's breath of filthy snow
befrosted paths to the unknown
have my lips turned true purple

life is coming to an end
so says me, me wiccan friend
nature coming full circle

I'm the green man
the green man





ah, sim. oi blog. tudo bem?