domingo, dezembro 31, 2006
terça-feira, dezembro 26, 2006
aconteceu no cavanhas, segundo andar.
- cara, esse aí é o feminino. o masculino é aquele ali.
- não, mas eu não quero ir ao banheiro.
- ...
- eu tou esperando as minhas primas saírem.
- o... o que?!
- elas entraram juntas, e eu não posso voltar pra mesa sem elas.
neste momento, minha cabeça funde com possibilidades maravilhosas. é óbvio que eu já estava meio bêbado.
- as tuas primas tão aí dentro.
- sim!
- juntas.
- sim!
- ok.
entrei no banheiro. o masculino, que fique bem claro. somente a mijada de bêbado que eu dei tirou minha concentração da idéia de que tinha duas mulheres no banheiro ao lado. porque mijar bêbado é um ato que exige grande concentração, pelo menos pra mim. acredito que ninguém deve se achar no direito de ser displicente com esse momento tão importante de uma boa noite etílica. é sempre o checkpoint que nos garante ir um pouco mais além. ê.
enfim. mijei e saí, e não tinha ouvido porta nenhuma abrindo. de fato.
- ainda não saíram?
- não.
- bah.
nisso vem o estalo do trinco abrindo. eu segui andando mas não resisti a olhar pra trás. as saias eram leves e esvoaçantes. a mais velha devia ter 11 anos.
recordar é viver.
ahh... o papel.
mas eu vou lembrar.
feliz natal atrasado pra todo mundo.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
caminhando
o sol, no alto, parado, queimando.
sinal, vermelho, parado, barrando.
eu, aqui, parado, suando.
············
fodão.
eu sei quando eu meto muito medo nas ruas. todos os sinais amarelam pra mim.
············
joão acordou e, depois de 6 meses, se deu conta da loira deitada ao seu lado. tomou um susto, ficou transtornado.
procurou não comentar o assunto durante o dia, mas cristina já conhecia bem as manias dele, e sabia que tinha alguma coisa incomodando.
- joão, o que houve?
ele não fugiu do assunto.
- amor... eu não sei nem como te dizer isso. simplesmente não faz sentido nenhum.
- o que?
- isso que tá acontecendo!
- o que?
- eu e tu!
- mas por que? o que não faz sentido nenhum é tu, agora, depois de meio ano de namoro, dizer que isso não faz sentido.
- eu sei, mas aí é que tá. como é que eu fui me deixar trair durante tanto tempo?
- que trair, joão? ficou louco?! eu nunca te traí!
- não é tu. sou EU.
- tu me traiu joão? com quem, hein? foi naquela viagem "a negócios"??
- não, cristina. eu não te traí. eu ME traí. é diferente.
- tá. tá bom. desculpa a ironia. então me diz, meu amor. me diz o que que tá te incomodando.
- cristina, tu é LOIRA.
- ...
- LOIRA!
- preconceito, agora? quem é que se declarou dizendo que nunca tinha visto mulher mais inteligente? não vem com essa agora, joão. e vai à m-
- não! pára. não é a tua inteligência. eu continuo dizendo aquilo, acho até que diria que hoje eu te acho ainda mais, mas...
- o que, então?
- mas isso não faz sentido. me diz uma namorada loira que eu tive antes de ti.
- tu não teve namoradas antes de mim, joão. tu era um galinha.
- tá, eu sei. mas as mulheres que eu pegava.
- não fiz o levantamento completo, nem pretendo fazer.
- nenhuma. eram todas morenas. eu sou absolutamente fanático por morenas.
- ah, então a partir disso, eu tenho que pintar o cabelo. é isso?
- não... eu sou apaixonado por ti. eu te amo exatamente do jeito que tu é.
- então, meu amor. qual o problema?
- isso é TRAIÇÃO de mim pra mim mesmo! como pude!?
- ah joão. vai te catar.
5 anos depois casaram e tiveram 3 filhos. cristina ainda pintou os cabelos de castanho e quase levou joão à loucura. anos mais tarde, porém, secretamente, joão teria como predileta a única loirinha entre seus 7 netos.
············
aspas são uma afronta. aspas, na grande maioria dos casos, são pra cagões.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
eu e meu amigo inseparável.
fora isso, finalmente fui flagrado na minha premiada imitação de dinossauro. talvez seja esse atraso que tenha me impedido de ser a grande estrela de jurassic park. de inédito, também o fato de que eu ganhei o "grande prêmio" do sorteio da noite. um estojo de cachaça sagatiba com dois copos. sensacional. nunca tinha ganho nada em sorteio nenhum, na minha vida.
o resultado da noite foi o momento no qual acordei, na quarta. 07:40 tocou o despertador, pois eu preciso sair mais cedo pra lutar com a minha própria cabeça. obviamente cabeceei e quase perdi a hora. no banheiro, tentei distinguir o que era eu e o que era lixo entre a figura devastada do espelho: as íris flutuando em chamas, os olhos escondidos nas órbitas (falando em órbita, clique aqui para rir pacas), a cabeça com aquela sensação vazia. além de mal dormido, eu ainda tava bêbado.
eu lembrava muito bem tudo o que tinha acontecido na noite anterior, inclusive de levar paula, letícia e mim mesmo para casa. em compensação, não fazia idéia do que eu tinha feito EM CASA. e aí, a dúvida cruel: haveria eu tomado banho?
mas eu tinha que sair. no caminho, a pergunta me atordoando, até que tive a luz. era a mesma cueca. pois é. eu não tinha tomado banho nenhum.
agora às pérolas:
paula: pagode é tudo igual, né?
silvia: é tudo parecido mesmo, já tinha pensando nisso.
paula: é tipo ramones, tu compra um cd e tem todos, aliás tem várias bandas assim.
vinícius: aham. mamonas assassinas.
roberta: o fredinho tava meio doente.
vinícius: o fredinho tá sempre doente, roberta.
roberta: ai... é que ele é criança. o médico falou que até idade escolar, é uma febre por mês.
vinícius: que frágil. mas tem certeza que teu filho não passa muito tempo na internet?
roberta: não, por que?
vinícius: vai ver ele pega muito vírus de computador.
silvia: esse garçom é pró-ativo, né?!
vinícius: é uma mistura de garçom da skol com da sol.
silvia, paula: como assim?
vinícuis: tu pensou em beber mais, surge o balão na tua cabeça e ele já chega com o copo cheio. nem precisa levantar o dedo.
lá pelas tantas a paula sugeriu que eu também começasse a trabalhar bêbado.
foda-se o oasis.
não são.
e é impossível provar pra eles o contrário. acusaram o green day de plagiar wonderwall em boulevard of broken dreams. ou seja: acusaram o green day de plagiar uma música que todo mundo já fez antes deles, com os enfadonhos quatro acordes tônica/terça/sétima/quarta. em mi, fica: Em, G, D, A. mas qualquer seja o tom em que isso seja tocado, o efeito é o mesmo. assim como musica ligera do soda stereo ressurge em save tonight do eagle eye cherry, raspa em a change of seasons, na parte another world, do dream theater e dá em cheio em uma infinidade de músicas radiofônicas. é só ligar a mtv e contar até 3 pra achar uma dessas.
rezo pra que os beatles mortos apareçam como fantasmas na frente deles só pra dizer "não, caras. vocês não são tão originais quanto a gente". ou então, pra que kurt cobain desça nos sonhos deles e convença que um tiro na cabeça é a solução. melhor dizendo, um dever.
anexo do post: sobre musica ligera, os paralamas gravaram também, numa versão em português BEM porrada. em compensação o capital inicial, naquela ânsia de "produzir" mais depois do acústico, veio e gravou "à sua maneira". aquela história de fazer uma releitura da original argentina deve ser porque na verdade eles realmente FIZERAM a música daquele jeito, e se deram conta depois que tudo aquilo já existia e ficaram com preguiça de fazer melhor. mas eu acharia bem mais interessante se eles não tivessem dito nada. "a música é nossa sim, nós fizemos desse jeito e deu". pagar direitos autorais por isso é como pagar royalties ao homem que desenhou o primeiro quadrado. a melodia dessa música é simplesmente uma das 3 primeiras que se aprende em qualquer livrinho de cifras de violão.
terça-feira, dezembro 19, 2006
como foder o final de ano do vinícius.
1· revisão do carro em mais de mil reais.
2· tempestade elétrica na madrugada de domingo pra segunda: placa-mãe fudida. ainda não sei quanto vai me custar isso. detalhe: estou prestes a trocar de computador e pretendia vender esse.
3· conserto do meu yamaha psr-520: R$ 465,00. sendo que eu queria vender ele por 550. ê.
4· tenho certeza que nunca vou vender a yamaha dd-14, minha bateria eletrônica.
5· nada me garante que eu, de fato, não quebrei a ponta de uma das minhas costelas, junto ao diafragma, naquele jogo de domingo de noite no hd dos eucaliptos. sábado não deu pra jogar bola com toda aquela garra que me rendeu o apelido de maidana no futebol da capital. hareihuihare
6· hoje eu ainda olhei pro meu aiwa paradinho ali no quarto. atualmente ele só serve pra ficar tocando as mp3 do computador e pra amplificar o som do meu teclado. sendo que, como citado anteriormente, o computador estragou. dentro do aiwa eu sei que tem o six degrees of inner turbulence CD2 e o train of thought. acho que tem um terceiro também, mas não lembro qual é. e não tenho previsão nem de tempo nem de grana pra consertar isso.
7· uma das lâmpadas do meu quarto queimou.
8· preciso ir ao dentista. minha saliva é natural das mesmas fontes que abastecem os franceses com garrafinhas de evian. mas como minha saliva não passa por tratamento, ela permanece altamente carregada de cálcio. resultado: tártaro. (se bem que hoje eu controlo bem essa questão).
9· meu plano de renda fixa do banco do brasil andou desvalorizando.
10· aquele tokai tx-5, simulador de hammond, subiu de R$ 2.299,00 pra 2.699.
11· o big mac finalmente conseguiu ultrapassar os 10 reais. e um burger king não sai por menos de 11.
12· não vou citar o inter campeão do mundo, mas não nego que as não-contratações do grêmio tão me deixando louco.
13· todo mundo já escutou o scarsick. menos eu.
14· meu reveillon, por enquanto, segue uma bela incógnita.
15· entre outros. vários outros.
isso não é o fim do ano. é o fim do mundo.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
eu tenho.
e de qualquer forma, não tem muita gente comentando por aqui, mesmo.
vou ter que deixar tudo isso pra depois.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
orgulho nacional
o brasil ostenta tudo aquilo que não tem. com seus R$ 24.000 aprovados, já que eles não podem ganhar menos do que o pessoal do Supremo, temos agora o congresso mais abonado do planeta. é um dilema protestar contra isso, já que parar o país só vai ajudar a nos fuder mais um pouco. fica difícil de encontrar um exemplo melhor pra velha máxima de que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. e o cachorro corre atrás do próprio rabo.
só nos resta esperar o coro de quem olha de fora.
Congressistas brasileiros são os mais bem pagos do mundo, diz El País.
de brinde, o detalhe do comentário hermano.
nariz de palhaço e sorvete na testa.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
pedro jr. em 6 atos.
vinícius: nao vi. ve o jornal
Bruno: aqueles portugueses malditos
vinícius: o que?
Bruno: o porto. entrou na parada
vinícius: putz
Bruno: Lucas deve ser vendido ao Grupo Gestifute. Porto entra na briga por Schiavi e pode complicar a negociação. Atlético-PR não aceita liberar Marcão. Paulo Baier (LD/Palmeiras) em negociação.
vinícius: que merda. nenhuma dentro.
Bruno: pedro jr no ataque
Bruno: pedro jr, o capitão america 2007!
vinícius: aheuiahe
Bruno: pedro jr é convocado por dunga
Bruno: pedro jr brilha na conquista do hexa
vinícius: AHREUIHRUIRHEUIRHEIHREA
Bruno: pedro jr vai pro chelsea
Bruno: pedro jr goleador do campeonato ingles e eleito o melhor do mundo
sobre mulheres - I
2. leitor compulsivo, escritor desatinado. amava uma mulher por escrito.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
futebol mundial.
mas hoje eu ouvi os alto-falantes do estádio japonês anunciar a entrada do luiz adriano e tive
certeza: nem precisa trepar tanto assim. é só não parar de falar. a voz dela era niponicamente deliciosa.
2. alta controvérsia sobre o nome do jogador egípcio, abou tarika. talvez ser egípcio seja ser algo português:
- óra pois! meu nome é abou t'rika!
"me venderam, eu comprei", diz o galvão bueno.
3. existem 1024 maneiras de montar um whopper, diz o burger king. quantas maneiras existem de se pronunciar "al ahly"?
terça-feira, dezembro 12, 2006
resumo: o guri achou fotos da mãe adotiva pelada, tiradas 25 anos antes (hoje ela tem 50 anos), bateu uma punhetinha e pelo visto acertou em cheio. agora a pergunta: a mulher quer processar a agência alegando o que? que comprou um produto com defeito mental? vai pedir pra trocaram o guri?
será que o guri ainda tá na garantia?
segunda-feira, dezembro 11, 2006
sábado, dezembro 09, 2006
trânsito, morin e outras viagens - parte I
a. 431, 341
sexta-feira, há uma semana atrás, eu saí da pública apressado. depois de passar o dia vivendo ouro e prata, sonhava pegar o planalto das 19h pra rio grande. era situação de risco, já que eu saí da pública 18h20. pra rodoviária, iria de bus, o 431 ou 341. estávamos eu e a paula, que tava indo pra unisinos, na parada da carlos gomes em frente ao mãe de deus. vários ônibus passaram, menos o meu. começamos a ficar preocupados. eu perderia a viagem, a paula se atrasaria pra aula. bateu vinte pras sete e eu resolvi pegar o primeiro táxi que aparecesse.
o trânsito estava, evidentemente, bastante trancado em todos os cantos. mas o túnel foi clemente, e não deu aquela tranqueira final. desci na frente da rodoviária pagando meus 11,50. mal sabia eu que essa era apenas a primeira parte de uma história que, como em crash, ligaria mundos um tanto distantes e se prolongaria por alguns dias mais.
b. poa-rg
não demorou muito pra acontecer o próximo galho. logo na saída de porto alegre, ainda antes do primeiro pedágio, a estrada parou, em plena mão dupla. acho que foi ume bela meia hora esperando o ônibus avançar. descobrimos depois que tratava-se de uma obra. se eu não me engano, a concepa recém pegou a concessão da rodovia, então essas devem ser aquelas "obras-de-arte", feitas pro público apreciar e justificar o roubo 5km depois, na praça.
c. táxi
cheguei em rio grande com a meia hora de atraso na bagagem. ficou tarde o suficiente pra minha mãe não querer me pegar. catei o primeiro táxi que vi, prefixo 076. imediatamente o taxista me comentou do atraso do meu ônibus e seguiu até minha casa. as ruas estavam todas vazias, então ele não parou nos sinais vermelhos. achei prudente. aí chegamos em casa, o taxímetro deu 6,15 e aconteceu. estendi pra ele 6 reais, sem me dar conta que havia uma nota de 1 real a mais, escondida por trás.
- 7. - ele disse, me avisando.
- ah é. - peguei a nota de volta.
de repente, ele pareceu mudar de idéia.
- ah não! é que deu 7 reais. eu tou acostumado a vir aqui.
- mas o taxímetro deu 6 e 15.
- mas eu tou acostumado. com todo mundo sempre dá 7 reais. é que eu passei dois sinais vermelhos.
- tá mas... e daí? o senhor passou porque é madrugada e porque o senhor quis.
aí ele começou a se alterar. e zerou o taxímetro.
- mas eu tou acostumado, meu amigo. com todo mundo sempre dá 7 reais! essa diferença é que eu passei dois sinais vermelhos!
- mas tchê, o taxímetro marcou 6 e 15! o que eu tenho a ver se tu passou sinal vermelho? a gente podia os dois serem assaltados, sendo que quem tem dinheiro aqui é tu!
- meu amigo. é 7 pila. acredita em mim! o senhor acha que eu vou querer lhe passar a perna? e nem é 7 reais. é seis e setenta e cinco, dá 25 centavos de troco.
- escuta aqui. o taxímetro deu esse valor. eu não tenho que pagar a mais porque o senhor ACHA que é mais, se tem uma máquina que tá aqui pra isso! o senhor tá sendo imbecil.
- ah olha aqui, eu vou levar o senhor de volta pra rodoviária e o senhor volta a pé.
- tu faz isso, eu chamo a polícia.
- pode chamar!
- e tu ainda me traz de graça na volta.
- pode chamar a polícia!
o cara arrancou.
- eu vou levar o senhor de volta pra rodoviária.
- porra, não acredito nisso...
- não. vou levar o senhor na polícia mesmo, fica me ofendendo de imbecil, dentro do meu carro.
- me leva. vamo lá. vão achar que tu tá louco.
- não é possível. senhor conseguiu estragar minha noite. me admira o senhor, de onde veio, chorar por um real.
- não tou chorando por um real. tou reclamando que o senhor acha que eu sou idiota.
e ele seguiu, dando aquele monólogo sobre eu ter estragado a noite dele, que ele ganha por comissão e o caralho a quatro. mas acabou dando a volta na quadra sem que eu mencionasse nada.
- eu vou deixar o senhor aqui na esquina mesmo, e o senhor vai a pé até sua casa.
eu tava a 30 metros de casa.
- me admira o senhor, do lugar de onde veio, chorar por um real...
- tá. olha aqui ó. eu te dou 7 pila só pro senhor não ficar aí chorando.
- não! agora eu não quero! o senhor já estragou minha noite! sai daqui!
não consegui empurrar o real da discórdia. peguei minha mala e fui pra casa.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
muahaha. lembrei.
minha mãe me enche o saco por causa do meu cabelo. infelizmente, confrontá-la com opiniões femininas da minha faixa etária não funciona. a mãe argumenta que eu já sou um profissional formado e blablabla, que eu tenho que ter um visual que apeteça ao mercado. logicamente, mete pau na minha barba também. sábado em rio grande, antes de eu sair pro larus, no cassino, ela me perguntou se eu não ia fazer a barba, porque eu tava com cara de sujo. respondi que eu gostava desse visual, mas não convenci ela.
ontem tive a luz: vou fazer minha mãe ir ao próximo salão da propaganda ou qualquer premiação do tipo comigo. cada agência que subia lá levava mais ou menos o mesmo padrão... beleza (?): cabelos desajeitados, despenteados, camisa-calça jeans-tênis baixinho. comentei com a paula (pessoa mais citada do blog, até o momento. palmas para ela) que parecia sempre a mesma agência subindo: pessoas diferentes, mas mesmo figurino. fora quando não aparece alguém usando uma camisa branca com uma camiseta preta por cima. não entendo o que se almeja com isso, mas em todo caso me parece bastante idiota.
eu tenho nojo, mesmo. em média, o visual publicitário me dá asco. as maneiras publicitárias, também. sei que eu tou falando de um estereótipo, mas quem me conhece sabe o quanto isso me bate no saco. ontem eu fui no salão da propaganda pela primeira vez desde 2002. naquela vez, já comecei a me irritar com o jeito de falar e outros fatores, mas o pico foi um cara subir ao palco pra receber um prêmio com uma calcinha costurada na camiseta. não dá.
espero voltar ao salão, sim. de preferência, pra levar alguns brindes pra casa. e melhor do que isso, com a minha mãe a tira-colo. pra convencer ela de que, apesar de cabeludo, eu sou absolutamente normal.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
quase isso
- que? putz! não vi o episódio ontem.
- não. o velho aquele, vizinho do fuscaldo.
- ah, não vejo páginas da vida. *
tarde calma na pública. estamos nos preparando pro salonismo hoje à noite, onde a pública é candidata ao prêmio de agência revelação. modéstia à parte, a gente merece. burger king e outros não é qualquer coisa, além das licitações. o preço disso é que a gente tem que aturar o henrique abilola(n)do o dia inteiro, não calando a boca um segundo huiaheuhiae.
* - invenção minha na hora. sacando o mal-entendido, resolvi dar minha contribuição.
e sim, hoje eu estou relativamente com tempo. além de parece que dormir muito pouco me fez bem.
portugaio paragüês
- ora pois, sou um assaltante português. estou aqui por seu dinheiro!
- por quêêêêê?
- português, ó pá!
não gostei.
- agora ele vai entrar no blog e escrever "meta do dia. não contar mais piadas para a paula", - diz ela. não era isso. mas... meta do dia. não contar mais piadas para a paula.
terça-feira, dezembro 05, 2006
h
xxxx diz:
vamo dah uma banda oje?
yyyy diz:
tu sabe que hoje tem h, né?
xxxx diz:
eh balada?
ainda fico pensando na confusão que o hagah fez na cabeça de muita gente, mas esse carinha aí, NEM isso.
links I - metal_rg
mas o primeiro que eu gostaria de falar é do blog do metal_rg. resolvemos montar o blog eu e o márcio, no início de 2003, com um pretexto extremamente jovem: queríamos ter um lugar para reportar as histórias daquele verão, o melhor de todos os tempos pra nossa turma. assunto não faltaria - 5 ou 6 churrascos violentos na praia (sendo que no primeiro o cruz teve que dirigir meu carro na volta, da mistura que eu fiz de caipirinha e cerveja), muita festa, muita praia.
era um momento mágico: a hiléia tinha feito um show dia 26 de dezembro no centro de eventos, que resultou no nosso primeiro "album" ao vivo. depois disso, fez alguns dias bonitos, mas 1º de janeiro chegou matando a pau, e o sol segurou até mais ou menos dia 18 daquele mês. ou seja: não saímos da praia, praticamente. e eu e o márcio novamente no mercado (eu já nem tanto, na verdade).
mais tarde, os juízes atacaram no carnaval. huiaheuiaheuihaei. isso foi algo pra se debulhar de tanto rir, e realmente a fantasia foi um sucesso total na SAC.
enfim. o blog do metal_rg se tornou um antro de piadas (com e sem graça), discussões ferrenhas, bobagens sem tamanho. tem muita coisa que foi parar lá que eu gostaria de reeditar aqui, inclusive (e às vezes principalmente) por causa dos comentários. cansei de entrar no blog só pra rir de novo de textos como "pela pasteurização do ser", de autoria do incomensurável e aleijado leandro fonseca. pra minha infelicidade - ou diminuição da minha felicidade - o histórico foi pra banha, e eu não tenho como recuperar nada anterior a setembro de 2004, data do post mais antigo ainda em exibição.
mas resgato pelo menos uma pérola, por enquanto, porque me dei conta que eu sou muito bom em previsões de futebol. direto do dia 25/11/2004, um dia depois do inter tomar 4 a 2 do boca no jogo de ida, na bombonera, coisas que eu indaguei na época:
eu tenho uma série de perguntas pros colorados. é sério:
1. aqui em POA meus colegas e amigos tavam eufóricos. já tavam programando a festa do dia 15 de dezembro e juravam que o inter ia socar o boca lá, no primeiro jogo. de onde vocês tiraram que ia ser tão fácil assim?
2. vocês não vão ganhar nada de novo. nem esse ano e nem em 2005. já tão preparando os rodos pra secar a segundona ano que vem?
a número 2, como é possível perceber, é nostradâmica. precisão cirúrgica, eu diria. daí veio a cartomante no final de 2006 e fudeu tudo.
e pra encerrar, uma piada postada em 15/10/2004:
um polonês, chegado há pouco tempo no brasil, foi ao oculista. durante os testes, este lhe tapou um dos olhos ("se tu olhar com um olho só") e colocou uma tela com as letras w c b y x z em tamanho pequeno. então o oculista lhe disse:
- agora me diga que letras tem ali, por favor.
- que letras? eu conheço esse cara aí!
domingo, dezembro 03, 2006
relações físicas
culpa da força P, a intrigueira.
talvez a força N se opusesse e me erguesse de volta. mas N é de nada. ou de nenhuma. traidora.
vencido, olhei pra cima, percebendo o espaço em expansão, esperando pelo colapso.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
mais precisamente, o post de 6 de setembro.
depois de muito tempo olhando um texto em preto sobre um plano rosa, o fundo começa a se tornar cinza.
ou eu me transformo em cachorro.
a paula aposta na segunda versão.
quarta-feira, novembro 29, 2006
quero férias.
quando saía da vossa pra almoçar em casa, não adiantava sair ao meio dia: ia pegar o província em cheio, no engarrafamento paulistano de pontualidade londrina que se forma ali naquela rua que eu não lembro o nome, perto do country club. fugir pela nilo não era solução, porque nesse horário também tinha o anchieta de novo.
e como o terreno do country club é gigantesco, minha única alternativa era seguir pela anita até o bourbon country, ou seja, dar a volta ao mundo.
eu torço pra que o anchieta entre de férias o ano inteiro, talvez tanto quanto os alunos deles. tenho medo que descubram e venham me cobrar mensalidade.
diga-me com quem andas...
a única coisa que me impede dizer que ela é o cérebro internacional do msc (movimento sem calcinha) é que eu sigo duvidando de que ela realmente tenha algum.
segunda-feira, novembro 27, 2006
jaca.
o próximo, conforme fui conferir agora, é "lancelotti", com direito a apelido do apelido (meta-apelido?): "lance". de novo a coincidência a respeito de lugares onde morei, já que em bordeaux, eu morava na résidence lancelot, com seus 5 blocos e 9 andares de 2 apartamentos cada.
eu vou tirar essa barba excessiva antes dele ter a oportunidade de me ver desse jeito, e mesmo assim não vai fazer a menor diferença. porra pasquim. muda de visual pelo menos!
pra fixar.
eu vou.
quarta-feira, novembro 22, 2006
Absence Of - Sonic 19/11
A.O. "live", ensaiando/compondo um mamute. o som ruim é proposital, pois não queremos que ninguém roube nenhuma das nossas genialidades.
Bostar é um a posta.
Mal comecei, mas já vou reclamar: postar é uma bosta. Mesmo. Ter um blog talvez seja uma bosta. Talvez eu esteja falando isso porque um dos meus blogs preferidos, o Vícios, Ressacas, Delírios e Outras Mentiras (um dos dois blogs que começou a desenvolver em mim um certo gosto por ler as escritas alheias, independente de ser fofoca ou não), morreu. A dona encheu o saco e me privou de uma das leituras que mais me inspiraram no último ano. Tudo bem... O que ela escrevia não era nenhuma revelação divina, mas apesar virgulorragia desenfreada, aquela moça é dona de uma grande elegância escrevendo, e me inspirou até em trocadilhos que acabaram em materiais de clientes meus. Exemplo: o folder do EcoVillage tem um trecho de frase que eu roubei dela. Deliberadamente, mas não sem avisar que eu estava fazendo isso, lógico.
Aí começa um grande problema dos blogs: tu tá dando a idéia pra quem quiser ler. Em tempos de internet, acredito que seja difícil manter uma coisa tua como sendo tua. Alguém sabe quem inventou isso, por exemplo? :
Duvido. Recebi da senhorita Bauer no Natal passado, e achei genial. Mandei uma resposta elogiando, porque achei que fosse dela, mas não era. E não sei de quem é. E a Paula, estagiária aqui da Pública, acha que sabe de quem é, mas não tem certeza.
Chega de devaneios. Postar é uma bosta mesmo porque a maioria das minhas idéias ocorrem quando eu não posso digitar porra nenhuma: dirigindo. Parelho com a leitura de putarias, dirigir é uma coisa que me dá um prazer enorme. Adoro pegar a estrada, e não adoro menos pegar as ruas. Especialmente as vias de acesso rápidas.
Quando não tou tendo um impulso criativo, é porque eu tou cantando – outra coisa que a “privacidade” das janelas fechadas me proporciona, e que eu aproveito ao máximo que eu posso. Aliás, é um crime deixar as janelas fechadas: eu deveria abrir as janelas. (Eu canto muito bem. Sem ironias, apesar dos comentários jocosos que vão se suceder.)
Dirigir é um ato quase inconsciente. Esses dias eu dirigi por uma boa distância somente prestando atenção nos botões do meu rádio, num trânsito nem tão santo assim, em meio à Nilo e suas curvas que vazam pro Iguatemi. Não aconteceu nada, e mesmo sem olhar pra rua, eu continuava na pista. Sempre fico impressionado com isso. Às vezes eu tenho a impressão que eu sinto o trânsito, pois nunca vi cara mais sortudo do que eu, mesmo nessas situações de prestar atenção em outra coisa.
Acho que é isso que faz com que dirigir seja um momento tão criativo. Já maquinei músicas inteiras no volante, idéias de letras, idéias de anúncios, idéias de campanhas e, desde sempre, idéias de textos. Todo dia, quando eu saio da agência pra ir pra casa, os 5 minutos entre um lugar e outro me rendem textos completos – e cheios. Daí eu chego em casa e imediatamente vou fazer outra coisa. Quando decido que vou escrever, já passa da meia noite, e eu normalmente prefiro acordar bem-dormido no dia seguinte.
Postar é uma merda. As idéias vão se adiando, e sentar pra realmente botar elas na folha de papel do Word é um milagre, pra não dizer um suplício. Mas é justamente por isso que eu criei esse blog.
Obs: escrevi esse texto pela obrigação de escrever algo pro blog. Daqui a 10 minutos vou ler ele e me dar conta de que esqueci de alguma coisa.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Muñecos - Rexona
comercial criado pela agência argentina VegaOlmosPonce que gerou uma certa polêmica quanto à qualidade do material no Brainstorm #9. mas eu tou postando mesmo porque o boneco em 00:40, colocando o lixo pra fora, é a cara do bush haeuihae
sexta-feira, novembro 17, 2006
Calor.
Ontem foi um dia perfeito, esse feriado que eu já não lembro mais seu porquê. Pelo calor. Não que eu tenha achado o calor excelente. Eu realmente prefiro suar do que tremer, mas aquilo quase me destruiu em dois momentos: primeiro no ensaio, que eu terminei tocando 20 minutos de bateria, e depois no futebol, que, bom, não exige explicações.
O fato é que “calor” vinha sendo um tema, uma questão que eu andava observando, procurando. Fui a Rio Grande e resolvi abrir um livro que tem tudo a ver com o meu novo quarto lá: As 100 melhores histórias eróticas. Ou Os 100 melhores contos eróticos. Não lembro. O que tem a ver com meu novo quarto? Tem uma cama semi-casal que é uma delícia (o que é uma novidade num quarto meu, dormir numa cama grande sem ser um sofá-cama arriado no chão), a qual minha mãe me anunciou como “pra quando tu trouxer alguma namorada”. Fui imediatamente procurar alguma possibilidade no orkut. Mentira.
Mas não é só isso: o quarto ficou tão afudê que eu queria que o meu,
Acontece que, eu tenho que admitir, eu adoro ler putaria. Quem me conhece bem sabe. Ver, também, mas filme pornô dificilmente vai apresentar sedução, e mais dificilmente ainda alguma sedução convincente, já que o negócio é ser uma grande fodedeira ou ter um pau grande. Textos, trechos, contos eróticos é que matam a pau. Não sei passar por um site de tal material sem ler pelo menos UMA historinha.
Às custas disso, esses dias eu passei talvez uma hora lendo o site da Bruna Surfistinha, me divertindo horrores com a naturalidade com que ela contava tudo aquilo. Era atraente somente pelos fatos, e não pela maneira como eles eram contados, evidentemente, mas tratam-se de histórias inquestionavelmente reais, e isso garante aquela curiosidade do tipo quando um amigo conta uma história dele ou rola aquele “Me disseram que a fulana fez...” na mesa da cerveja. Nesses momentos, não tem como negar, é uma delícia saber daquela colega de aula que tu sempre acreditou que fosse uma puta de luxo.
E o primeiro registro que eu tenho do gosto por essas leituras está justamente num texto que constava nessa coletânea de histórias de sexo. “Calor”, do Luiz Vilela – um homem recém-operado e sua sobrinha mais do que querida, sozinhos num quarto de hospital. É quente. Eu li ele pela primeira vez numa Playboy que eu suspeito que seja a da Paula Melissa, de 1996. Se for, o texto realmente não foi o único motivo pra eu ter aquelas páginas na minha cabeça e no meu... coração hehehe. A capa já era um tesão, e o ensaio era mais ainda, mas a flecha no coração é a Paulinha de quatro, apoiada na beira da cama. Aquilo é imperdoável, não se faz. Pensando melhor, se faz sim, e ainda bem.
Foi o primeiro de vários que eu não deixei passar sem ler, mas o que importa mesmo é que o título era astutamente apropriado. Até porque a Playboy da Paula Melissa era a de fevereiro, se eu não me engano. De janeiro não era, porque essa foi a da Anelise Lopes, uma loira gaúcha.
Então calor. E vinha fazendo calor mesmo, mas ontem, que eu tinha me proposto a ver se achava o conto na Internet (sem sucesso), fez um calor infernal
Então eu cheguei em casa, ainda de manhã, do centro, com o CD nas mãos e botei pra tocar. Fiquei alucinado: era o Dark Side of the Moon dos anos 2000, de tão genial, de tão complexo. Não sei ainda se tem sincronia com algum filme, mas o conceito e a emoção natural do Gildenlöw nas letras já basta, além daquela cara feia, queixuda e dona de dentes tortos dele: é o verdadeiro filho do Roger Waters, com o feeling do David Gilmour e uma interpretação sem igual na música humana. Em Diffidentia isso tudo fica muito evidente, e eu normalmente suo ouvindo ela.
Deu certo. O ensaio foi um tesão absurdo. Nós 4 (o Arthur não foi) estávamos absolutamente centrados, e com level 100 de feeling. Infelizmente o ensaio era apenas de 2 horas. E, como já falei antes, terminei ele tocando bateria, trocando de instrumentos com o Chan. Acho que não tinha melhor maneira de terminar o ensaio, mas em compensação eu não faço idéia de como terminar esse texto enorme de uma maneira tão boa quanto. Culpa do calor.
segunda-feira, novembro 06, 2006
pra começo de conversa esse blog é uma forçação de barra. em cima de mim mesmo, na verdade, por uma ânsia de escrever.
daí, se é uma ânsia, alguns devem se perguntar onde fica a forçação. pois é. acontece que eu sou um enrolão de primeira, e se não tiver alguma coisa que me obrigue a terminar, eu não vou nem começar. (esse post mesmo, tá sendo escrito desde 6 de novembro. e olha que ele não tem nada de mais) não que o blog me obrigue, mas pelo menos é alguma coisa real, que volta e meia vai me lembrar que eu deveria escrever mais. alguma coisa pra qual eu fique devendo, bem ou mal.
nada de muito original: é como se eu puxasse assunto comigo mesmo, sabendo que a conversa não iria longe. bobagens cotidianas. textos idiotas. posts cotidiotas. postidiotas. post-its. puta merda.
e de vez em quando, alguma coisa que vai fazer jus ao fato de que tudo tem dois lados. ou duas versões. ou mais. acho que depois eu explico melhor isso, porque esqueci da idéia que tive semana passada.
pra terminar esse primeiro post, uma pérola que eu reencontrei esses dias, quando fui comprar um presente pro aniversário da minha afilhada. acabei dando outro livro, mas quase comprei esse de novo, pra mim. menino maluquinho on the rocks
todo lado tem seu lado
eu sou o meu próprio lado
e posso viver ao lado
do seu lado, que era meu.