segunda-feira, abril 30, 2007

eu desvendei lost.

só pra constar, na real, porque faz mais de um mês que eu matei a charada: no último episódio, jack bauer chegará com a UCT na ilha e resolverá toda a questão em meras 24 horas.

pronto. falei. agora os que não queriam saber do final podem me espancar.

sexta-feira, abril 27, 2007

grandes dilemas

eu estava agora há pouco, depois de uma tarde inteira pensando em combustíveis fósseis e energias renováveis, fazendo duas coisas que eu gosto bastante: escutando pink floyd e lendo a parte não-política do jornal. não exatamente os esportes, mas sim a reportagem sobre o gliese-581c, o tal do planeta mais parecido com a terra descoberto até hoje, com toda aquela história de possuir vida ou não. daí me deparei com a seguinte frase, da astrobióloga alemã gerda horneck:
- nosso sistema solar é muito lógico, e visto que existem quase 10 bilhões de sistemas solares na nossa galáxia e incontáveis em outras, é muita presunção pensar que a vida na terra é única.

isso vem bem a calhar, dado que eu estou desde ontem de noite discutindo com o valmor, no blog dele, sobre futebol, música, entretenimento e religião, num debate que começou com ele insinuando que os ets dariam meia-volta ao se deparar com um aglomerado de pessoas assistindo a um jogo de futebol. eu acho que os ets dariam meia-volta por quase todos os motivos, até um show de rock, mas não é esta a questão.

a questão é que eu fiquei pensando nessa questão do nosso sistema ser muito lógico, e que portanto só a terra pode possuir vida por aqui. fico meio irritado de ler uma coisa dessas, porque parece sempre que "condições de vida" somente dizem respeito a condições de vida HUMANAS. eu não consigo acreditar que somente as condições da terra forneçam isso. ok, admito que acho difícil que haja terra em outros planetas do nosso sistema, mas quem diz que em outras galáxias alguma ameba não encontrou um jeito de superar o que a gente classifica como um mundo inóspito?

e logo depois, minha infância saiu do esconderijo pra dar uma volta na minha cabeça. primeiro com esse pensamento:
- porra... que sorte que a gente tem de ter nascido aqui. imagina se a gente nascesse em marte. ninguém ia sobreviver. se bem que... é justamente por isso que NINGUÉM nasce em marte. hm...

essa idéia não sobreviveu muito tempo no universo árido em que ele nasceu. mas houve um segundo pensamento: lembrei daquele garoto que, pra algumas pessoas (e pra mim mesmo), explica quase tudo o que eu sou hoje. lembrei do calvin viajando pra marte naquela caixa de papelão, junto do haroldo, com óculos de mergulhador. lembrei também do intrépido cosmonauta spiff sozinho num planeta desabitado, deprimido por se sentir sozinho, tão sozinho... pra finalmente acordar de novo na pele do calvin e se dar conta de que ele foi o único que ainda não foi pro recreio.

fiquei pensando se fosse eu em marte. com ou sem caixa de papelão. com ou sem algum haroldo. (eu tive um amigo imaginário quando eu era pequeno. meus pais garantem isso). fiquei pensando num planeta inteiro sem nada. nem ninguém. um planeta inteiro sem algum ser que ao menos se mexa. ou arrote, sei lá. nem que seja microscópico, atrás ou debaixo de uma pedra, verde, laranja, rosa, com quantos tentáculos tivesse que ter ou mesmo sem nenhum. me senti exatamente como o cosmonauta spiff naquele planeta desabitado.

juntei tudo isso. os ets dando meia-volta, a vida fora daqui, etc, pra concluir que eu continuo concordando com esse garoto que é meu amigo imaginário até hoje: a maior prova de que existe vida inteligente fora da terra é o fato de que eles nunca entraram em contato com a gente.

gettin' the day started

se alguém busca alguma relação entre o título e o vídeo aqui, desista. é que são 11 da madrugada, mesmo.

depois do coca-cola light chirimbols (tipo o genial corny moments, o também genial caterpillars e o nada genial casual friday), criados pela argentina santo, a coca-cola manda essa. quem criou? não sei, mas é muito afudê. só não gostei do detalhe do final, em que todo mundo sai andando só pra mostrar que não era computador (sério: a onda agora é provar que é tudo feito na raça e no braço).
podiam ter posto todo mundo pelo menos pra executar cada etapa das ações seguintes dos personagens, como se estivessem dando seqüência à cena.

quarta-feira, abril 25, 2007

agenda.

seguimos assim, então.

depois de golearmos de um time de expressão minúscula, que marcou mais gols que um certo time da capital que tem um super-craque (?) no elenco, encaminhamos classificação numa competição que, até o ano passado, era uma competição "mais fácil que campeonato brasileiro" segundo metade da população gaúcha. (se antes já era mais fácil, ano passado deve ter sido quase uma copa do brasil).

domingo encaramos outro time do interior, também pouco expressivo, o e.c. touca, que bateu um time praticamente imbatível, o absolutamente imbatível veranópolis, que ninguém entende como não foi ao mundial ano passado.

assim, continuamos nosso caminho de conquistas menores enquanto o co-irmão sai estrategicamente de todas as competições que disputa, a fim de concentrar forças para campeonato brasileiro. "estamos confiantes no tri-vice", afirmam os jogadores.

frases e números, ditos e feitos.

frases
- ô cara, onde fica a copa?
- ali.
(...)
- nunca veio ao estádio...
- baita first timer.
- interior certo.
- é, mas ele nunca veio mesmo. ele é de pelotas.
- bah. é de pelotas? se fudeu então hahaha.
- a gente é de rio grande.
- mas mora em porto alegre.
- nah, mas só ele é pelotense. eu fora, eu sou de porto mesmo.
- tá, mas só não vem me dizer que tu é do bom fim!
- não não!
- ah bom hehehe.

- ai, olha os pequenininhos!
- finalmente alguém menor que tu, hein?
- ¬¬
(...)
mas olha que amor!

- e amanhã quem vai jogar na retranca vão ser os colorados.

números
1 juiz filho da puta.
1 cartão amarelo que deveria ser bem vermelhinho.
1 gol pessimamente anulado.
1 a 0.
2 gols feitos.
5 gols em 2 partidas.
1º do grupo.
1 time gaúcho na 2ª fase da libertadores
4 meses de namoro :)

dito e feito
- agora é o gol.
(gol).

- tá nando, diz que vai ser gol de novo.
- fica frio, fica frio. esse jogo é 1 a 0.

terça-feira, abril 24, 2007

vinícius no mundo dos mosquitos gigantes.

não, blog. eu não te larguei. eu só tava resolvendo o mundo de coisas à minha volta, o que tem me tomado algum tempo. sei que eu tou empurrando com a barriga o post sobre o scarsick, mas é que eu fiquei tanto tempo tirando conclusões sobre ele que uns 4 ou 5 cds já rodaram no carro depois dele. mas eu prometo que eu faço isso antes do rush, porcupine tree, marillion ou dream theater sair. prometo.
fora os outros três mil posts criados mentalmente por dia, que eu não tenho tempo de escrever. e tem ainda aquela velha idéia que se chama "os gatos da vizinhança".

-
echoes - is there anybody out there? - marooned.

-
as formigas dominarão o mundo. tenho certeza disso. macondo foi só o começo literário a ganhar seqüência na vida real. deixa o prato sujo na pia que elas fazem o serviço pra ti. só falta usarem bombril.

- (haicai-título)
mosquitos gigantes
no quarto, um homem
e seu sangue logo se separarão.

quinta-feira, abril 19, 2007

frases.

"hoje não era meu dia"
- inter, 4 de abril.

"hoje não era o meu dia"
- índio, 19 de abril.

"disseram que era dia do índio, mas pelo visto era 1º de abril"
-
torcedor desiludido, 19 de abril.

agora uma verídica:
"ninguém tem um jogador que nem o pato"
-
píffero, alguma coisa de janeiro.

primeiro campeão eliminado na primeira fase. vitórias píffeas on the rocks. e agora eu vir dos meus próprios trocadilhos:
HAEHUIaheuihaeuihuiahEUIAHeuiahEUIHAEUihaEHUIA
ehuiahEUIHAEhaEHUIAehuiaheUIHAeuihAEHUIAehuiaE
HUIAHeuihaeUIHhAEHUIAehuiaEHUIAHEUIAHeuihaEU
IHhuiaEHUIAehuiaEHUIHAeuihaEUIHhaEHUIAehuiahEU
IAHeuihAEIHaEHUIAehuiaEHUIAehuiahEIUAHeiahEUIA
HEIAUhehaeuhiaEUIHAEoiuhaeIHAeiahEUIHahuihaiuhaei

-
pois é. mas terça-feira é a nossa vez.

terça-feira, abril 17, 2007

loser.

eu preciso reconhecer isso. sou um loser. desde a faculdade, um loser completo. o L estampado na testa. e eu sei que isso dura até hoje porque algumas coisas simplesmente não mudam.

tipo a minha confiança suprema diante de trabalhos e provas. eu não tenho. o caso mais clássico foi uma prova de história da arte no segundo semestre da espm. tinha ido até muito tarde estudando. cheguei pra prova cansado e, quando vi as questões, blank. white. void. empty. eu não sabia nada. decidi, então, resgatar as poucas informações que eu lembrava, e tentar dar a sorte de relacionar as características de cada movimento artístico da grécia (eu acho) com a pergunta correta - bela técnica, hein?
entreguei a prova com um sorriso amarelo pra cláudia barbisan, quase um "desculpa por ter nascido". dei a desculpa do branco e fui embora.

tirei 10.

idem para trabalhos. o semestre ia transcorrendo, e eu progressivamente me preocupando. até que chegava na última hora e eu começava a atucanar todo mundo do meu grupo pra finalmente fazerem o que tinham que ter feito antes. e aí chegava na hora da apresentação nervoso, porque eu passava tanto tempo debatendo a parte dos outros que não tinha tempo pra estudar a minha direito.

e aí eu dava um show. a gente dava um show. nem sempre era um 10, mas era sempre uma nota muito boa.

e as coisas não mudam. eu fazendo uma pós-graduação, e ontem a história do trabalho foi exatamente essa. a gente olhava pros grupos que apresentavam antes e ficávamos em dúvida se o nosso tava tão bom quanto o deles. fomos lá pra frente e a professora se abriu pro trabalho. o mais completo, o mais profissional e não sei o que.

outra coisa que não mudou é o jeito como eu apresento. lembrei de quando a fernanda me disse, depois de uma das apresentações mais nervosas da minha vida, a do pge, o projeto de graduação:
- e o vinícius sempre com aquele jeito de apresentar dele, que parece que ele tá contando uma piada...
- que? eu tava duro de nervoso.
- que nervoso, vinícius? tu sempre apresenta tri descontraído, numa boa!
hoje eu percebi isso. aliás, já tinha percebido isso em setembro, apresentando meu artigo na expocom, em brasília. é só ter gente interessada e eu dominar o assunto.

deixa de ser loser, vinícius.

segunda-feira, abril 16, 2007

no time for the complexities of conversation
no time for smiles, no time for knowing
no time for the intricacies of explanation
no time for sharing, even less for showing

if I could
I'd slow the whole world down
I'd bring it to its knees
I'd stop it spinning round
but as it is
I'm climbing up an endless wall

no time at all
no time this time

no time for a quick kiss at the railway station
no time for a suitcase, sandwich and a morning paper
only time for time tables, calls and transportation
no time to think no time to dare

if I could
I'd slow the whole world down
I'd bring it to its knees
I'd stop it spinning round
but as it is
I'm climbing up an endless wall

no time at all
no time this time

if I could
I'd slow the whole world down
I'd bring it to its knees
I'd stop it spinning round
but as it is
I'm climbing up an endless wall

no time at all
no time this time

- no time this time, by the police.
sempre atual.

quinta-feira, abril 12, 2007

(a)variadas

ando tentando entender o tcheco. não consigo acreditar que ele não seja tudo aquilo que ele é no gauchão. não faz sentido creditar aos times mais fortes da libertadores o fato dele estar rendendo mal se o cara jogou tudo o que jogou no brasileiro do ano passado.
também continuo tentando entender o ramon, mas aí é covardia. e o schiavi também: é só nome.
como só vi o jogo a partir dos 25 do 2º tempo, não posso falar de mais gente.

***

ANIMATOR vs ANIMATION II
é genial. nada de novo, afinal animações em flash bombam desde o xiao-xiao (aqui ou aqui), mas bolar algo criativo, em cima de um contexto que quase todo mundo vê todo dia, sempre vale a pena conferir.

terça-feira, abril 10, 2007

exclusivo: dinho vai voltar ao futebol.

o ex-volante do grêmio quer chegar aos 1.000 carrinhos.
com fratura.

segunda-feira, abril 09, 2007

quinta-feira, abril 05, 2007

a cooler car.

pois saibam, caros leitores. que o último aviso do meu caro vendedor gambiarra, digo, goubiah, sobre o carro foi:
- tu provavelmente vai te confundir sobre a buzina, no início. antes ela era aqui [aponta pra alavanca do sinal de conversão] e agora ela tá no meio da direção.

evidentemente, não se espera usar a buzina assim, logo no primeiro dia com o carro. ou seja: em teoria eu não deveria descobrir se eu ia buscar a buzina onde ela era no modelo antigo tão cedo.

lá pelas 23:30 desta quarta-feira 4 de abril de 2007 o veranópolis meteu o gol, eu enfiei a mão e tirei a dúvida: EU SEI MUITO BEM ONDE É A BUZINA DESSE CARRO, PORRA.

mais hilário que o inter, só isso HAHAHA

eu ia postar outra coisa, que por falta de material eu resolvi deixar pra amanhã. mas essa aqui é simplesmente imperdível. destaque para os últimos 2 parágrafos:
TRAFICANTE PENSOU QUE CAMALEÕES SERIAM INVISÍVEIS.

eu PRECISO trabalhar na Redação Terra.

terça-feira, abril 03, 2007

calvin, haroldo e eu.

ou quase.

a vida como ela é.

a elisa foi empregada lá de casa até julho do ano passado. entre outras coisas, me admirava a agilidade dela em identificar o lixo e tocar fora. por essas e outras, uma garrafa vazia de coca-cola, vinda direto do marrocos (e que não era pra mim), levou um sumiço, o qual eu só fui me dar conta quando me cobraram tal objeto.
pois em julho de 2006 descobriu-se que a mãe dela estava com câncer. as irmãs não podiam cuidar dela, logo a elisa abandonou o emprego para fazê-lo (essa parte eu nunca entendi direito).

chegou a denise. entre outras coisas, me admirava a inaptidão dela em identificar o lixo e tocar fora. por essas e outras, garrafas vazias de shampoo seriam capazes de permanecer meses no meu banheiro, por exemplo, até o dia em que eu conseguisse passar mais de 9 horas por dia em casa (incluindo as horas de sono) e dar um sumiço nas coisas que me irritavam. observação importante: a panqueca dela é maravilhosa, o que me rendeu aftas múltiplas esse verão, quando minha vó viajou e ela achou que cardápio único seria o melhor jeito de me agradar.

pois em janeiro de 2007 as irmãs da elisa puderam finalmente ajudar, e ela avisou que estava disposta e gostaria muito de voltar. minha vó ficou na sinuca, apesar de ser muito óbvio o que ela tinha a fazer por questões éticas (além do fato de que a denise às vezes era muito relapsa).

ok, não vamos entrar em questões pertinentes ao "você decide". a história não pára por aqui.
pois em fevereiro de 2007 o filho dela, num jogo de futebol, deu um tiro num outro cara e foi preso. na verdade não sei direito qual é o rolo, mas um cara jurou vingança. acharam que ficaria por isso. mas agora o cara voltou e disse que ia catar a família dela junto, logo a denise teve de se mandar.

e a elisa, que nunca deveria ter saído, voltou a trabalhar em casa nesta segunda-feira. a garrafa segue desaparecida.

segunda-feira, abril 02, 2007

tenho gente por mim na TV.

paulo sant'anna é um dos caras mais controversos do jornalismo gaúcho. em geral, a controvérsia depende se tu é gremista ou colorado. hoho.
afora os arroubos tricolores dele, eu gosto dele. talvez, em parte, porque existe o lasier "PEGA DO MEU CACHO E TOMA CHOQUE" martins. o sant'anna não faz questão de parecer sério: volta e meia aparece com aquelas jaquetas fluorescentes dele, bêbado. enquanto isso o lasier tá sempre de terno, sisudo, com aquela autoridade dele... falando merda.
o sant'anna se diz um cara de circulação entre o povo. é disso que eu gosto dele. ele não tem vergonha de ser clichê ou piegas. não tem medo fazer filosofia de mesa de buteco FORA do buteco. ele faria sentido, por exemplo, no diário gaúcho. tem identificação com o povo.

então tem dias que eu acho uma grande bobagem o que ele tá falando. pelo menos sei que ele não tá sendo menos do que muito sincero sobre o que diz. ele não força a barra.
mas também tem dias em que ele é genial, e hoje foi um deles.

primeiro, ele falou sobre um assunto que me é muito caro. a mim e a todos os rio-grandinos: são cinco pedágios de porto alegre até rio grande, quase todos a R$5,90. custa mais que o atual preço do quilo de camarão (aliás, a safra desse ano saiu graúda. cansado de comer "camarão", aquela rodelinha que tu não sabe se mastiga ou se espera que se dissolva na tua boca? vá a rio grande agora. o bichinho tá grande. o meu estoque eu já fiz). obrigado, sant'anna. é roubo sim. é por isso que a passagem pra cidade noiva do mar custa 46 paus agora.

e aí, do nada, ele trocou de assunto e contou que hoje houve um enterro muito estranho em porto alegre: seguiam no cortejo dois caixões; atrás, um pitbull e seu dono; atrás 30 pessoas em fila indiana. um passante viu aquilo e, não entendendo, foi perguntar para o homem do pitbull o que era aquilo. o homem explicou que os dois caixões eram da mulher e da sogra dele, que tinham sido mortas pelo pitbull. e o passante:
- mas esse é o meu sonho de vida! podes me emprestar o teu pitbull?
- o senhor por favor entre na fila.