quinta-feira eu vi o jogo contra o cerro porteño na quinta dupla do larus. depois de comer um belíssimo entrecôt ao molho de serramalte, quer dizer, de quatro queijos, na parte superior do restaurante. descemos, eu, a mariana e meus pais pra ver o primeiro tempo do jogo no bar.
já no início do primeiro tempo deu pra sentir que a libertadores, depois de ter sido substituída por uma versão futebolística do big brother no ano passado, voltou. o jogador do cerro voou de travas em riste no joelho do teco. cartão amarelo. senti gosto de sangue e saudade do dinho.
e ontem o inter teve uma estréia sensacional no torneio. eu achava que o jogo ia ser em montevidéu, mas pelo visto foi na altitude de salto, a aproximadamente 5.000 centímetros acima do nível do mar. o ar rarefeito faz com que o corpo pareça mais leve por lá. acho que isso explica por que clemer levou 89 segundos pra atingir o chão no segundo gol. ou a gravidade não age mais sobre ele, o que seria uma hipótese remota. o inter deveria fazer como o flamengo e protestar. fica inviável jogar nessas alturas.
mas não é sobre isso que quero falar. é sobre esse novo ídolo da torcida gremista. os dois, na verdade. quando chamaram o schiavi, o carlo encheu o saco no semcaneleira que essa história de ter que chamar argentino é bichice. não, não é. a presença dos correntinos em cada discussão foi bem destacada por toda a imprensa.
mas também não é sobre isso que quero falar. é sobre o saja mesmo. quando contrataram ele, tive que reconhecer imediatamente: o cara é bon... ok. pra não soar gay, vou dizer que "o cara tem presença", a maneira masculina de dizer que o cara é bon... que o cara tem presença. ter presença significa que o cara é bon... droga! que ele tem presença. enfim. não tenho como me explicar melhor do que isso. ele tem presença e vocês me entenderam. ao constatar isto, concluí que, jogando bem, ele ganharia os corações das moças tricolores muito rápido.
aí o hermano vai lá e faz um bom jogo. o lucas faz o golaço, etc. tudo muito lindo. e então, pênalti. na história das tragédias recentes da vida do grêmio, pênalti não falta. o olímpia sabe muito bem disso. mas também não faltam heróis. galatto pode estar fora agora, mas mora no meu coração. e depois de um ano de dúvidas sobre o homem debaixo das traves, pendeu a pergunta: habemus goleirum?
habemus. e habemus mesmo. a defesa é plástica porém consciente: o que ele disse na zero hora no dia seguinte, de que intuiu como viria a cobrança, não é papo. o lado que ele caiu pode ter sido sorte, mas ele abaixa a mão bem abaixo do corpo durante a queda. e depois que espalma, ele tá olhando pra bola, como aparece na zero hora dois dias depois.
faltava, claro, eu ter a confirmação da minha teoria sobre saja & as geraldinas e outras garotas gremistas. não precisei nem esperar muito tempo nem procurar muito longe. acho que ainda no larus a mariana me dispara:
- assim que eu me recuperar do baque das despesas das férias, vou procurar uma camiseta do saja, das novas.
se essa chuva que despenca agora em porto alegre me deixar chegar no monumental, já consigo até ver o que vai acontecer. eu virando a cabeça dela pro outro lado e dizendo:
- mariana, o grêmio ataca PRA LÁ.
Invasion
Há 3 dias
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