quinta-feira, abril 16, 2009

o meu verdadeiro eu. ui.

já fui entrevistado algumas vezes na minha vida. não lembro de nenhuma situação que fosse algo absolutamente relevante. tipo: eu fui entrevistado duas vezes já pelo meu próprio pai, no metamorfose, que é um programa da Rádio Universidade da FURG com (já) 20 anos de existência. o metamorfose é um programa sobre música, portanto era disso que eu ia lá falar. acho que a primeira vez meu pai aproveitou uma lacuna na programação e me levou simplesmente para falar do meu gosto musical pessoal, fazer uma seleção de músicas, etc.

uns anos depois eu voltei lá, mas dessa vez na condição de músico, membro de uma banda. fui lá pra falar da hiléia, de como o meu gosto musical e o dos guris influenciava a banda e tal. rolaram bandas de influência direta para nós e outras que faziam parte do meu gosto musical, mas que inevitavelmente acabavam sendo influências indiretas.

também já fui entrevistado sobre futebol. em 10 de junho de 2001, na saída de grêmio 2 x 2 corinthians da final da copa do brasil, eu fui atacado pelo repórter de uma rádio que eu nem lembro o nome (guaíba, talvez). o cara me perguntou como eu achava que o grêmio ia para o segundo jogo. até hoje eu me divirto como eu, completamente pirado pela "virada" do tricolor, dei uma resposta tão lúcida:
- acho que o grêmio vai com toda a moral. afinal o corinthians começou ganhando de 2 a 0 e agora o medo é deles. o grêmio está virando o jogo.
aí no final eu estraguei tudo. o cara deu o obrigado dele e eu chamei de volta:
- cara, posso mandar um abraço?
- claro. manda.
- queria mandar um abraço pros meus pais e meu irmão em rio grande e um abraço também pro pessoal da minha banda. HILÉIA METAL PROGRESSIVO NA CABEÇA GURIZADA!
o cara me olhou com cara de "ah pára, mongolão":
- ah tá. falou.

na verdade, ano passado eu fui entrevistado pela assessoria de imprensa de um dos meus clientes sobre o conceito/criação da campanha de aniversário deles. taí: uma entrevista relevante.

mas fazia um tempinho já que eu não tinha a chance de falar sobre o meu assunto preferido seguindo as perguntas de outra pessoa. ainda mais de uma pessoa que estivesse falando comigo só por isso. e foi o que aconteceu faz algumas semanas. existe uma comunidade no orkut que é a imprensa musical em rio grande. ela foi criada por um velho conhecido meu do mundo musical rio-grandino, o rick, que chegou a ser baterista da hiléia. ele é um cara viciado em divulgação de material musical. editava e-zines, inclusive. a comunidade é, de certa forma, onde ele deu seqüência a esse trabalho.

o rick postou a entrevista na comunidade. rolaram uns comentários que eu jamais esperaria, inclusive. e eu decidi então também postar ela aqui. poucas vezes eu pude falar com tanta franqueza o que eu realmente penso das músicas que eu faço - e sem que o assunto parecesse um grande monólogo. espero que vocês se divirtam lendo tanto quanto eu me diverti fazendo. eu corrigi uma ou outra coisa que ficou torta na edição final do rick, mas é isso aí mesmo. detalhe: foi tudo via MSN.

Imprensinha diz:
teste
som
ok
Imprensa Musical em Rio Grande dando continuidade a seu projeto de entrevistas via log de MSN
agora contando com o tecladista Vinícius Möller, erradicado aqui em Rio Grande, vivendo há algum tempo em Porto Alegre
ele é ex-tecladista da banda de prog metal HILÉIA, atualmente membro da ABSENCE OF...
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
fundador da ABSENCE OF, mais precisamente.
Imprensinha diz:
[thanks!] a banda HILÉIA que deixou um legado de duas músicas, chamadas The Worst Day Of Your Life e Unleashed, ambas disponíveis no HD Virtual local !
desde o término das atividades com a HILÉIA, Möller, como foi o processo de cicatrização das "feridas" e como você chegou à formação da ABSENCE OF...?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
o primeiro momento foi totalmente gay: eu tinha certeza que eu nunca mais ia ter uma banda naquele feitio e que eu nunca mais ia ver músicas minhas sendo tocadas e incrementadas por outros caras. primeiro, porque eu não conhecia tanta gente em POA na época... segundo, porque me parecia que todo mundo que eu conhecia em POA e que tocava já tinha sua banda. e que mesmo que topassem entrar na nova banda comigo, dificilmente ia se formar um vínculo de amizade tão forte quanto era na HILÉIA.
só que eu dei sorte: 3 dos caras que eu chamei tocavam na mesma banda, e quando eu convidei eles, eu comentei que não sabia como íamos lidar com o fato deles já terem outra banda com um som até parecido, mas que a minha idéia não era acabar com o som deles.
aí o orontes, o guitarrista, me falou: "nah, mas a EKTAPANG tá indo pros seus finalmentes, mesmo". ele e o chan, baterista, toparam na hora. o daniel, baixista, levou mais um tempo, mas já tava inclinado.
mas o principal motivo pra eu montar essa banda foi mesmo o fato de que 3 dias antes da HILÉIA acabar oficialmente, o nome "ABSENCE OF" me veio na telha assim, DO NADA, no meio do trabalho. eu fiquei meio de cara porque achei do caralho, cheio de significados, mas sabia que a HILÉIA nunca ia topar trocar. até nisso eu dei sorte...
Imprensinha diz:
formado o embrião da ABSENCE OF... como chegaram ao versátil vocalista que vocês possuem e quais são as vantagens de possuir um elemento com tal facilidade de passeio entre graves e agudos?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
o arthur era um velho desconhecido meu. eu já tinha ido ao aniversário dele, já tinha derrubado cerveja nele, ele já tinha me convidado pra fazer uma banda cover de MARILLION mas um jamais tinha visto o outro cantar ou tocar.
eu declinei o MARILLION por falta de tempo e de um teclado mais poderoso. quando decidi formar a AO, eu tinha tudo isso de novo. e chamei ele pra conversar. ele topou na hora.
eu considero o arthur um ponto crucial pro início da banda, mesmo que ele tenha sido o penúltimo a dizer "entrei". eu tava tentando evitar a todo custo colocar um "regular metal singer" na banda, que achasse que andré matos (ex-angra) era tudo e só quisesse cantar nos agudos. eu queria que a AO tivesse um vocal HUMANO.
um cara que tem o fish, do MARILLION, e o peter gabriel como 2 dos seus principais ídolos certamente ia cair como uma luva no que eu queria. e o arthur ainda curtia horrores PAIN OF SALVATION, PORCUPINE TREE, entre outras. e escrevia letras e tal. no primeiro ensaio eu fiquei apavorado com quantos acertos eu tinha no line-up da banda. ele e todos os outros.
Imprensinha diz:
indiscutivelmente outra das características que chama a atenção na música da ABSENCE OF... é o ecletismo, além da certeza de que você não está ouvindo nada com uma suja intenção de meramente copiar algo já anteriormente composto. queria que tu nos contasse como é que rola a composição na ABSENCE OF... tanto em termos de som, quanto em termos de letras?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
teve uma vez em que eu tinha a clara sensação de que uma das nossas músicas tava ficando completamente aleatória e sem sentido. aí eu caí na besteira de dizer "tá ruim". os caras ficaram muito putos MESMO comigo. praticamente ofendidos.
mas foi a única vez.
na real, depende. depende inclusive de quem tá propondo o novo tema ou música. eu, por exemplo, prefiro mil vezes bolar a música em função da letra. vejo grandes ídolos meus, como o DREAM THEATER, que cada vez mais criam letra em cima de música e os CDs andam sendo uma bosta. acho que a música só tem sentido se casar com a emoção que a letra transmite.
em compensação, normalmente a gurizada preza mais pela espontaneidade da música. nesses casos, a gente começa bolando coisas no estúdio, juntando e adaptando idéias e normalmente quem faz a letra é o arthur, apesar de também já ter acontecido de eu ter casado letras minhas em músicas dos outros que já tavam praticamente prontas (caso de Blank).
então, às vezes a gente tem músicas sendo trabalhadas no estúdio e outras que um ou dois de nós estão desenvolvendo em casa. nesse segundo caso, normalmente a idéia do autor tende a ser respeitada e priorizada. mas a gente costuma ser bastante tolerante com sugestões surgidas na hora por outros integrantes.
as letras, especificamente, são quase todas minhas e do arthur, sem nenhum tipo de hierarquia nisso. aliás, sempre que possível, a gente escreve em parceria. um manda pro outro e diz pra escrever uma estrofe que falte, seja isso porque não conseguiu escrever direito ou simplesmente porque quer que o outro escreva.
Imprensinha diz:
me corrija se eu estiver errado, mas todos os integrantes da banda são - de alguma forma - produtores também, confere? sabem mexer com programas de edição e contribuem nesse aspecto também para a banda?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
sim. cada um de nós já faz a sua pré-mixagem. o nosso processo se dá da seguinte forma: nós gravamos em casa (exceto batera e vocais) e mandamos pro Valmor Pedretti Jr, que além de compositor da Lado B (produtora de audio) é líder da WORLDENGINE, banda da qual eu fiz parte há alguns anos.
o valmor é um grande parceiro nosso e saca pra caralho o nosso som - e talvez qualquer som que seja. ele recebe os arquivos e vai montando pra dar a mixagem final e depois masterizar. mas antes de mandar pra ele, nós mesmo já damos uma cara pros respectivos instrumentos. os teclados que eu mando normalmente já são bem próximos da versão final, salvo alguns efeitos mais mirabolantes. mesmo assim, o valmor sempre tem sinal verde pra dar uma pirada. aliás, a gente espera que ele dê o toque de midas dele. ele manja muito.
câmbio.
(herauihraeiuhrae)
câimbra.
Imprensinha diz:
Agora referente à frutos e reconhecimento... Sei que a banda trabalha bastante a sua rede de Myspace. É o foco principal de divulgação? Já teve algum espaço em demo section de alguma revista nacional ou estrangeira? Se sim, quais? Se não, por que não?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
o myspace anda bem parado, na verdade, e isso é culpa minha, porque eu cuido dessa parte. a demo section AINDA não rolou, mas já tá praticamente tudo encaminhado pra gente mandar nosso primeiro material, com as 4 primeiras músicas que estão lá no myspace. mas por enquanto, certamente o myspace é o veículo principal de divulgação.
Imprensinha diz:
câmbio né
quiaquia
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
arhuihrea. esqueci. câmbio.
Imprensinha diz:
As músicas da ABSENCE OF... possuem, como já mencionamos, elementos de diversas naturezas. 80's pop, heavy metal, progressivo, new age. É de uma forma consciente que a banda equaciona estas diversas nuances? Se tu pudesses equacionar o som da ABSENCE OF... usando 5 bandas, quais seriam as que formariam a "fórmula influencional" da banda, em ordem de importância?
[se nao ficou clara a pergunta, eu refaço]
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
muito clara.
Imprensinha diz:
ok, então não refarei a pergunta :]
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
é consciente, mas não costuma ser proposital. já chegamos e dissemos "esse som é um clima tipo aquele", mais pra levar adiante a idéia e todo mundo entrar no clima da música, do que exatamente pra dizer "caras, vamos fazer um som tipo aquele". mas tem horas que não dá pra negar as semelhanças. eu mesmo curto muito ficar pensando em de onde saíram os temas que eu coloquei nas minhas músicas.
e a fórmula influencional... vou tentar ser imparcial heheheh:
- PINK FLOYD
- PORCUPINE TREE
- MARILLION
- FATES WARNING
- DREAM THEATER VELHO (inevitável)
Imprensinha diz:
certo, e das 4 músicas que o HD Virtual dispõe, da Demo 2007, qual é aquela que tem mais a cara da banda? aquela que os membros da banda concordariam em transformar em "música de trabalho"? e qual delas é a que mais te agrada, pessoalmente? [tri professora da faculdade]: justifique suas escolhas:
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
putz. se só tem 4, já tá faltando uma!
1. CARA DA BANDA: GOODBYE BUNKER HILL
pela complexidade em termos de modulações, pela complexidade na estrutura. pelo climão dela, especialmente no meio da música. a banda curte muito essas climas em que as coisas pairam no ar e de repente desaba tudo. e pela performance da banda. tem trechos muito furiosos ali.
2. MÚSICA DE TRABALHO: ONE WARM DAY ou BLANK
nossa natural famous pop song sem dúvida é OWD. é um 4/4 bem radiofônico, riff chiclete e tal. mas preserva o clima "suspenso" na parte do meio. também modula legal nos refrões, com uma puta atuação do arthur durante toda a música. e ainda tem os meus backings no final, que eu curto muito! hahaha
acho que na verdade BLANK seria uma boa música de trabalho pra vir DEPOIS de OWD.
caralho. o msn fechou do nada!
voltando.
3. MÖLLER'S FAVE: WHO?
comecei a compor ela em 2002, um ano antes da HILÉIA gravar THE WORST DAY. chegamos a tocar ela ao vivo duas vezes em 2005, pouco antes da banda terminar. quando montei a AO, essa foi a primeira música que eu mandei pros caras...
e ela tem coisas que eu, compreendendo meu momento nepotista, acho perfeitas, pelo menos segundo os meus critérios de qualidade musical. a relação letra/música, por exemplo... eu escrevi a letra pensando em duas músicas francesas, cada uma de um compositor. eu queria escrever como se fosse o "outro lado" da história. e a música, mesmo tendo começado antes da letra, acabou se moldando a ela.
o único defeito é que eu sonhava que ela ia ter no máximo 3 minutos. não deu. ahahaha
Imprensinha diz:
bem, sendo o Imprensa Musical uma entidade que representa a música de Rio Grande, não há como não tocar no assunto HILÉIA. quais são as melhores memórias que tu carregas desta banda? e qual é a tua versão pro precoce desfecho desta entidade musical riograndina? além disto, quando ouves as músicas da HILÉIA atualmente, fica aquele sentimento de "poderia ter ficado bem melhor"?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
as melhores memórias, disparado, são, nessa seqüência:
- o dia que a gente gravou THE WORST DAY no Mandeco, em Pelotas. aquela foi, de fato, a minha primeira música PRONTA.
- os shows em RG e em PEL em que as pessoas CANTAVAM o refrão de THE WORST DAY. isso não tem preço.
a HILÉIA acabou porque a galera tava toda espalhada pelos cantos e era difícil juntar todos em Rio Grande no mesmo fim de semana. quando tu não tem contato seguido, as falhas de comunicação imperam. e aí implodiu.
e sim, poderia ter ficado melhor. THE WORST DAY só me incomoda de verdade em um pequeno detalhe: a caixa da bateria poderia ter ficado um pouco mais gorda, menos tirinho. já UNLEASHED me incomoda muito. a mixagem dela ficou muito aguda, até meio artificial, pra mim. falta peso nela. e sobra reverb. com certeza eu regravaria, porque a música em si eu acho do caralho.
Imprensinha diz:
ela é realmente bem a frente do seu tempo. especialmente em termos de Rio Grande... como sabes, o público de rock e metal aqui de Rio Grande ainda é bem preso a pré-conceitos e não tem o costume de ampliar muito os horizontes musicais e intelectuais. Até que ponto tu achas que isso dificulta a penetração do som da ABSENCE OF... aqui por estes lados? Afinal, há um pesado estigma contra qualquer coisa que receba a alcunha "progressivo" estampado na mesma. É um estilo tido como retrógrado, auto-indulgente e maçante. Em defesa do seu campo de atuação artística, o que tu poderias dizer para convencer o público de Rio Grande que "não é bem assim"?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
bom... a dificuldade pra AO começa pelo fato de que o nosso progressivo, justamente, não tá preso ao prog tido como O PROG. por exemplo: Yes não é uma das influências que eu citei ali na lista das 5 bandas. e realmente a gente tá muito pouco preocupado em demonstrar o quanto a gente toca.
na verdade, eu considero que se a gente resolvesse fazer um som tipicamente DREAM THEATER, cheio de técnica pra todos os lados, a gente ia falhar. nenhum de nós é tecnicamente virtuoso na banda. e acho que isso explica bastante a presença de PINK FLOYD, MARILLION e PORCUPINE TREE no top 3 das influências que eu citei. são (ou eram) bandas muito mais preocupadas com a idéia do que com a forma.
até mesmo dentro da banda já tivemos discussões sobre prog moderno x prog setentista. nas duas épocas houve bandas que queriam tocar todas as notas do mundo em uma música e bandas que queriam simplesmente desenvolver um tema musical ao longo de uma música ou de um disco. a gente tende a tentar achar o meio termo.
e na minha opinião, as bandas que tentam ser o novo DREAM THEATER acabam quase sempre virando uns clones chatos. atualmente, são essas que me parecem as bandas verdadeiramente retrógradas. já faz 17 anos que o DT lançou o Images and Words. já tá na hora de tirarem o rótulo de "punheta complexa" que o metal progressivo ganhou. o conceito de música progressiva é MUITO maior do que isso.
pra fechar esse raciocínio, eu tenho convicção de que a ABSENCE OF tá longe de ser uma banda que faz progressivo pra parecer intelectual ou se achar uma banda difícil. a gente não faz questão nenhuma de ter trechos enfadonhos ou de mostrar que nós temos conhecimentos musicais complexos.
no fim das contas, o progressivo periga até ser uma desculpa que a gente usa pra simplesmente fazer as músicas que a gente sente que fazem sentido. seja fazer sentido em relação ao que a gente julga ser o nosso som e fazer sentido em termos do que pode significar pra quem ouve. ano passado eu mandei a faixa “WHO?” pro concurso da comunidade Rock Progressivo no orkut, a famosa ProgVacas: ganhei meu dia quando um cara comentou que a progressão do feeling na música era espetacular. era exatamente o que eu sonhava que algum dia alguém reconhecesse sobre ela. foi pra isso que eu trabalhei nela.
música tem muito a ver com sinceridade.
Imprensinha diz:
eu só tenho mais 3 perguntas oficiais
são clichês de revistas de rock e tal
eu digo o nome de um artista e vc escreve economicamente [não laconicamente] sobre o mesmo/a
deal?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
manda
Imprensinha diz:
alex lifeson?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
ele sente a música antes de pensar nela. o RUSH seria 50% menos espontâneo sem ele.
Imprensinha diz:
daniel gildenlöw?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
deus. e se o homem fosse feito à sua imagem e semelhança, a gente ia ser feio pra caralho (mesmo que TODAS as gurias que foram no show do PAIN OF SALVATION em 2005 discordem de mim. se ele quisesse, a gurizada toda voltava solteira pra casa).
Imprensinha diz:
perfeito
mais 4 ae
Mike Portnoy
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
difícil resumir... peraí. [longa pausa]
ele é o ronaldinho gaúcho. ele tinha tudo pra ser o melhor do mundo por uma década seguida. mas depois que disseram que era o melhor do mundo 2 ou 3 vezes, achou que era isso... nunca mais evoluiu em nada. hoje só quer saber de vender DVD.
Imprensinha diz:
bem colocado
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
o portnoy tá até hoje estacionado no ano de 2003.
Imprensinha diz:
não existe DREAM THEATER após Octavarium
só existe o corporativismo explícito
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
após o six degrees, na minha opinião.
Imprensinha diz:
Steven Wilson?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
SW é o oposto necessário e saudável ao Daniel Gildenlöw em termos de letrista e compositor. menos teórico, mais centrado no comportamento das pessoas do que nas teorias e motivos. os dois são os dois adolescentes mais velhos do prog metal atualmente, e enquanto o DG é um adolescente revoltado, o SW é um adolescente irônico e pessimista. mas os dois são ultra perspicazes.
Imprensinha diz:
é o meu favorito da relação de músicos que estou mandando!
mais 2:
Richard Wright [R.I.P.]?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
a voz mais enigmática de todos os tempos. quando ele morreu, passei o dia tentando não chorar. não consegui, e até hoje choro pensando que, se não fosse por ele tocar do jeito que ele tocava, eu provavelmente nunca saberia que tem horas que um acorde de 3 notas basta.
Imprensinha diz:
admiro sua entrega ao escrever sobre ele
queria que o texto do teu blog tivesse parado no Imprensa
eu li aquele texto e me caiu o queixo
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
é mesmo? não sabia que tu tinha lido. ou não lembrava.
Imprensinha diz:
aham
e Vinícius Möller?
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
bãi. uma mala. não consegue ver um treco errado e deixar errado. se o erro for dele mesmo, então... não aprendeu a fazer as coisas meia-boca e se perdoar por isso: vai ficar se martirizando até a morte. obsessivo por músicas redondas, por músicas que casem com as letras e com letras que digam alguma coisa de verdade. odeia que não entendam o que ele disse.
Imprensinha diz:
então, pra fechar
5 melhores álbuns para Vinícius Möller [xérox Roadie Crew mode on]
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
PINK FLOYD - The dark side of the moon
STING - The soul cages
PAIN OF SALVATION - Remedy lane
DREAM THEATER - Six degrees of inner turbulence
THE POLICE - Synchronicity
Imprensinha diz:
feito então, Vinícius!
manda recado aí para todos os que vão ler essa longa - porém muito saudável e recompensadora entrevista
seja no seu blog, seja no Imprensa
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
yeah
antes de mais nada, obrigado (se o leitor conseguiu lutar e ler até aqui AHAHAHA). obrigado ao Imprensinha por ter achado que valia a pena bater um papo comigo e REALMENTE me dar a chance de falar essas coisas não em forma de um texto meu, mas sim respondendo a perguntas de outra pessoa (é chato escrever pra si mesmo).
e... se eu tivesse um recado útil pra dar, seria pro pessoal apostar em gravações caseiras. uma placa de som e uma mesinha de mixagem às vezes resolvem muita coisa. porra, o que tem de festival de banda cover aqui em POA atualmente é uma vergonha.
tenho a CLARA sensação de que as bandas autorais pequenas tão perdendo espaço pra coisas bem menos genuínas.
Imprensinha diz:
e, como diria aqueles caminhões ou carros de auto-escola na parte traseira. "como estou entrevistando?"
vinícius | myspace.com/absenceofbr diz:
tchê, achei isso 10. achei genial MESMO.

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entrevista conduzida por Rk.
edições e revisão por Musique.
em 17/03/2009