quinta-feira, outubro 23, 2008

o mercado global.

quem trabalha com comunicação sente isso direto: quando bate a crise no mundo, não interessa se teu cliente é pequeno ou grande, se ele trabalha direto com negociações em dólar ou não. o cobertor é curto e furado. quando puxarem, quem vai ser destapado É TU.

uma crise dessas é a prova de que qualquer planejamento é utópico. quando eu escrevi a minha análise de macro-ambiente econômico pro meu plano de conclusão da pós-graduação, em maio, o resumo da ópera era:
VÂMO FUNDO! até o final do ano o dólar bate nos R$ 1,50, o crédito não vai parar de aumentar pro consumidor brasileiro e a putada tá metendo o pé na jaca!

no dia 3 junho, eu lembro muito bem que a coisa começou a mudar. as ações da petrobras, por exemplo, despencaram legal, do nada. aliás, do nada não: provavelmente porque neste dia eu coloquei uma certa grana em fundos de investimento. e agora eu tou reescrevendo a parte de análise econômica. claro, como preza a boa conduta do vinícius (resumida na frase da saudosa vó do samuca, que eu nunca conheci: "quem guarda, tem") eu não joguei nada fora. eu apenas troquei todo o texto pelo condicional e iniciei um novo parágrafo, no final, que começa com O cenário financeiro, entretanto, sofreu em poucos meses uma reviravolta gigantesca...

em paralelo a isso, eu sempre imagino as divisões estratégicas das empresas no momento em que estourou a bolha do crédito imobiliário nos EUA:
- senhores, precisamos nos ajustar à crise financeira mundial.
- já estamos ajustados, senhor!
- já?
- sim! o mundo está em crise, e nós também, senhor.