esses dias me pediram pra elaborar a lista dos 5 principais albums (nunca soube escrever isso no plural) da minha vida, e eu descobri que é impossível. não sei dizer qual é o quinto. e pior: não tenho certeza de que estes são os 4, não necessariamente nessa ordem. - sting - the soul cages - pink floyd - division bell - dream theater - scenes from a memory - pain of salvation - remedy lane
tem uma porrada de candidatos pro quinto lugar, entre eles: clutching at straws (marillion), synchronicity e ghost in the machine (the police), dark side of the moon (pink floyd), a show of hands (rush), anderson, bruford, wakeman, howe (homônimo), the perfect element pt I (pain of salvation), falling into infinity (dream theater), union (yes), entre vários outros. é o problema de subjetividade, já que cada um contribuiu de algum jeito. na real, isso me deixa meio agoniado, até. eu queria saber qual é o quinto. talvez a lista dos 10 melhores seja mais fácil de fazer. se bem que... aí, a dúvida vai ser quem é o décimo.
ainda ontem eu tava aqui trabalhando e escutando música e, do nada, eu tava indo pro cassino numa sexta-feira à noite, prum churrasco da oceano da FURG. meu pai tá dirigindo e eu tenho 14 ou 15 anos. tudo porque o shuffle do winamp colocou faits divers, do bernard lavilliers, na fila.
aquela foi a noite em que eu me dei conta de que eu gostava de bernard lavilliers. porque ele me manda de volta pra frança, assim como também faz o ten summoner's tales, do sting, ou o elemental, do tears for fears. assim como esse (primeira música), esse (a partir dos 6:43) e, principalmente, o vídeo abaixo me fazem voltar pro momento mais incrível, absurda, sensacional, afudê que eu já vi na minha vida. assim como o liquid tension experiment 1 me faz voltar pra novembro de 1999, quando a gente se mudou e o meu quarto era um colchão no chão e um som no canto. assim como quase tudo que é música me leva de volta pra algum lugar.
ou, ainda, eu também tenho a impressão que por mais que eu conheça um monte de bandas novas e goste delas, no fim das contas, eu vou sempre voltar lá atrás e acabar gostando de todas as músicas e bandas que o meu pai escuta.
aí eu recebo um email dizendo "Poucas pessoas na vida têm o privilégio de trabalhar escutando as musicas dos seus próprios filhos. Eu tenho, e é o que estou fazendo agora." pois é, pai. são as músicas que tu me fez escutar que, além de me fazer voltar, volta e meia também acabam voltando pra ti.
tu vê... quando "surgiu" o saja no grêmio ano passado, numa cobrança de pênalti em montevideo, eu comecei a criar um certo apreço não só pelo goleiro, mas pelo nome dele também.
não me refiro a "saja", idiota. me refiro a sebastián, que nem é o primeiro nome dele (é diego). o cara lá, virando ídolo e eu pensando: - po. sebastian é um nome bacana. não é excessivamente hermano. também não é "sebastião", que é 100% nordestino. e apesar de ter sílabas demais, é um nome bem forte. taí. é um belo nome pro meu segundo filho.
a mariana não curtiu tanto assim. ah, o nome do primeiro: victor.
toda novas bandas se dirá inovadora e original. todo novo álbum de bandas de metal melódico será mais pesado, mais sinfônico e mais progressivo. toda nova banda inglesa, tenha ela 2 ou 38 integrantes, será a salvação do rock. todo novo álbum do dream theater terá uma música já gravada pelo muse. toda nova agência se dirá diferente. and so it goes.