a absence of nasceu do próprio nome e de algumas coincidências. do próprio nome porque foi isso mesmo que aconteceu. me ocorreu a idéia primeiro com o jogo de palavras e só então a idéia de ter uma banda com esse nome.
foi quase instantâneo, na verdade. o nome bateu e trouxe junto uma puta vontade de botar ele em prática. só que não fazia sentido montar outra banda enquanto eu tinha a hiléia, assim como não havia sentido em sequer pensar em tentar convencer o ivan a mudar o nome da banda. então eu tinha na cabeça uma idéia que eu mesmo julgava genial, impactante e poderosa, mas que não via a menor perspectiva de executar.
e aí começam as coincidências: a hiléia acabou 2 ou 3 dias depois. ok, isso me deixou triste pra caralho. a questão era clara: como eu e o ivan concentrávamos a maior parte da criação da banda na gente, tanto letra quanto música, se um de nós saísse a banda acabava. e assim se fez. o ivan disse "tô fora" e eu disse "eu também", que era a mesma coisa que dizer "então acabou". tanto faz. acabou que eu sentei na cama e, numa boa, chorei. não era pra menos. parecia que eu nunca mais ia conseguir montar uma banda com as pessoas tão orientadas prum tipo de som.
mas eu tava enganado. passado o luto, ou seja, alguns dias depois, acionei uma coincidência anterior: a victória namorava aquele tal de orontes, um guri que ela tinha me apresentado na saída do show do australian pink floyd em junho de 2005, quando eles nem namoravam, sob o pretexto de "ele também tem uma banda com um som tipo o teu!". as músicas da ektapang eram completamente loucas e muito mal gravadas, mas eu curtia os arranjos deles, especialmente os timbres da guitarra e os direcionamentos melódicos e harmônicos. convidei o orontes, guitarrista, e o chan, irmão dele, baterista, pra entrar na história.
pro vocal, nova coincidência. ou conhecidência, nesse caso. porque o arthur era amigo de uma amiga minha e amigo do ex-professor de guitarra do orontes, coisa de 6 ou 7 anos atrás. não foi o primeiro nome que eu pensei, e eu até achava que ele não ia aceitar por causa da indriya. mas ele já tinha me convidado pra dois projetos, um deles sendo um marillion cover, e eu tinha ótimas referências da performance dele (mesmo que as pessoas que me falassem dele também tinham só as referências. nem a namorada lembrava dele cantando até outubro ou novembro do ano passado). expliquei minhas idéias pro arthur e ele topou.
e no baixo, era pra ser o ivan. convidei, mas ele disse que dificilmente toparia algo em porto alegre. ele ainda tinha a faculdade de música em pelotas, e não tinha perspectiva de se mudar pra capital, ainda menos se fosse só por uma banda. e então a última coincidência: quando eu convidei o orontes, ele me falou que a ektapang também não andava legal, e que poderia terminar. logo, o baixista deles também ficaria sem banda. logo, o daniel era uma pedida óbvia.
hoje eu botei no ar, na nossa página do myspace, o primeiro resultado dessa confusão toda. I'm coming foi feita pra ser exatamente do jeito que ela é: direta, sem rodeios, pra passar uma sensação de gana. tudo gravado em casa, como eu anunciei em vários posts desde janeiro, exceto pelos vocais e pela bateria. ela é a primeira de 4 que a gente tá terminando de gravar agora, e eu espero que o primeiro verso dela seja exatamente o que a banda representar pra quem ouvir nosso som:
more than what you wish
more than what you think of me
more than you ever expected
or what you wished me to be
more than what you think of me
more than you ever expected
or what you wished me to be
escuta lá e depois pode vir me dizer aqui o que tu achou. se quiser a mp3, é só pedir. e eu sou pai orgulhoso pra caralho de um nome que foi além do nome.
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